Jogos Paralímpicos terão atletas refugiados pela primeira vez

Dois atletas que foram forçados a deixar seus países de origem vão participar, pela primeira vez, dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 pela Equipe de Atletas Paralímpicos Independentes. Segundo informações da Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), os atletas são da Síria e do Irã.

Ibrahim Al-Hussein, que cresceu em Deir ez-Zor, na Síria, foi atingido por uma bomba em 2013, ao tentar ajudar um amigo. Ele perdeu a parte inferior de sua perna direita, abaixo do joelho. Ibrahim, então, fugiu para a Turquia e, em 2014, viajou em um barco inflável para a Grécia, onde vive refugiado até hoje.

Ibrahim Al-Hussein
Ibrahim Al-Hussein

Após a lesão, Ibrahim pensou que nunca nadaria novamente. “Depois de 22 anos de treinamento, o meu sonho finalmente se tornou realidade”, afirmou o atleta, que desde criança treinava natação com seu pai. Nos Jogos Paralímpicos, Ibrahim irá competir nos 50 metros e 100 metros nado livre na classe S10. Em abril, Ibrahim conduziu a Tocha Olímpica dos Jogos Rio 2016 por um campo de refugiados em Atenas.

O outro atleta que irá participar das Paralimpíadas Rio 2016 como independente é Shahrad Nasajpour, um iraniano que teve concedido o pedido de refúgio nos Estados Unidos, mas ainda não é considerado refugiado. Shahrad tem paralisia cerebral e competirá no arremesso de discos, na classe esportiva F37.

Segundo a Acnur, a população de refugiados e deslocados internos no mundo já ultrapassa 65 milhões. “Os atletas deslocados vão levar uma mensagem de esperança não só para os milhões de pessoas deslocadas com deficiência em todo o mundo, mas para todas as pessoas, em todos os lugares”, diz a Acnur.

Na Olimpíada do Rio de Janeiro, realizada entre os dias 5 e 21 deste mês, uma equipe de 10 atletas refugiados também disputou a competição de forma independente.


 

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