Perdas e dívidas bilionárias dificultam recuperação do futebol brasileiro no pós-pandemia

Com receita reduzida e dívidas maiores, os times do futebol brasileiro podem enfrentar dificuldades para superar os impactos financeiros vivenciados em 2020.

Queda na arrecadação e aumento das dívidas existentes foram as principais consequências do período de pandemia para clubes brasileiros.

Esse legado negativo deixado por 2020 não é surpresa nem para os torcedores mais engajados que ficam de olho em resenhas sobre casas de apostas, como a revisão da 188bet, à procura de onde palpitar, nem para aqueles que acompanham partidas de vez em quando por diversão na companhia de amigos.

Era esperado que o cenário atípico do ano passado apresentasse desafios para os clubes cuja situação financeira já estava fragilizada antes da crise. No entanto, a dimensão do prejuízo às receitas das agremiações não deixa de surpreender.

Perda financeira bilionária

As medidas para o controle da contaminação por coronavírus afetaram as principais fontes de renda dos vinte maiores clubes do futebol brasileiro, como revela estudo conduzido pela empresa de marketing esportivo Sports Value.

O valor arrecadado pelos times mais tradicionais do país com bilheteria, direitos de transmissão de jogos para canais de televisão, patrocínios, premiações e programas como sócio torcedor e clube social apresentou queda significativa.

A título de exemplo, em 2019, os integrantes do “Top 20” haviam arrecadado, juntos, R$ 480 milhões em ingressos. No ano seguinte, as arquibancadas vazias para evitar aglomeração reduziram esse montante para R$ 102 milhões, configurando um prejuízo de R$ 306 milhões em arrecadação.

Como resultado das perdas, a receita dos clubes combinada, que em 2019 era R$ 6,1 bilhões, passou a ser de R$ 5,1 bilhões. A última vez que a receita conjunta dos vinte maiores clubes atingiu um valor semelhante foi em 2015, quando a quantia não ultrapassou os R$ 5,08 bilhões.

Superar esse déficit de 1 bilhão de reais não será fácil para o futebol brasileiro como um todo, pois esse não é o único desafio financeiro agravado pela pandemia.

Dívida conjunta mais alta da história

Em artigo para o jornal El País, Amir Somoggi, consultor da Sports Value, explica que as dívidas gigantescas das agremiações derivam, principalmente, de três fontes específicas: juros bancários, ações trabalhistas movidas por ex-jogadores e dívidas de origem fiscal.

Como indica Somoggi, o pagamento das dívidas com os bancos e os salários dos atletas recebem prioridade na gestão financeira dos clubes. Enquanto isso, os outros débitos acumulam.

Essa realidade é compartilhada pelo Top 20 do futebol brasileiro e no ano de 2020 tomou proporções nunca vistas antes.

Segundo o levantamento da Sports Value, a dívida das agremiações mais influentes ultrapassou os R$ 10,2 bilhões em 2020. No ano anterior, as dependências financeiras com fornecedores, contratações, empréstimos e outras fontes foi de R$ 8,7 bilhões.

O aumento de R$ 1,5 bilhão exige uma postura inovadora dos gestores do futebol brasileiro. O jeito antigo de conduzir as finanças não é compatível com o pós-2020, período marcado pela necessidade de inovação e reinvenção das empresas.

Campeões de déficits e de dívidas

No quesito diminuição da receita no comparativo entre 2019 e 2019, o futebol brasileiro já tem seus campeões.

O Cruzeiro encontra-se no topo da lista com diminuição de 57% da receita. O lucro que era de R$ 289,4 milhões em 2019 caiu para R$ 123,3 milhões.

No segundo e terceiro lugar, respectivamente, estão o Santos com perda de 40% (de R$ 399,8 milhões para R$ 239,8 milhões) e o Internacional com 36% (de R$ 441,3 milhões para R$ 281,3 milhões).

Já no crescimento das dívidas em comparação a 2019, os líderes do futebol brasileiro são o Atlético-MG (R$ 1,2 bilhão em dívidas, configurando 62% a mais do que em 2019), o Cruzeiro (R$ 962,5 milhões, aumento de 20%) e o Corinthians (949,2 milhões em débito, 21% a mais do que o registrado em 2019).

 

 

Um comentário em “Perdas e dívidas bilionárias dificultam recuperação do futebol brasileiro no pós-pandemia”

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