Esportes

Brasil encerra Surdolimpíada com recorde de medalhas após sediar evento

Os atletas brasileiros colocaram o país na 44ª posição no quadro geral de medalhas e obteve a melhor marca quantitativa de pódios de sua história

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Foto: Divulgação/CBDS

O Brasil viveu uma edição histórica da Surdolimpíada (Deaflympics) neste ano ao bater o recorde de medalhas. Foram seis bronzes: duas no judô, duas na natação e duas com as seleções femininas de handebol e futebol. 

A melhor marca havia sido na edição anterior, em 2017, na Turquia, com cinco medalhas. O Brasil foi o primeiro país da América do Sul a sediar o evento para atletas surdos, que foi realizado em Caxias do Sul (RS) e encerrado no domingo.

A Surdolimpíada reuniu mais de 4 mil atletas de 73 países. A maior delegação brasileira da história contou com 237 integrantes, sendo 199 atletas de 17 modalidades no masculino e 14 no feminino. 

Os atletas brasileiros colocaram o país na 44ª posição no quadro geral de medalhas e obteve a melhor marca quantitativa de pódios de sua história. A primeira colocação ficou com a Ucrânia, com 61 medalhas de ouro, 38 de prata e 38 de bronze, com um total de 137.

Maior campeão brasileiro na história da Surdolimpíada (Deaflympics), o nadador Guilherme Maia estava confiante para um bom desempenho, como contou ao Estadão antes do evento, e cumpriu as expectativas ao conquistar dois bronzes. 

O atleta soma agora sete medalhas, sendo cinco de bronze, uma de prata e uma de ouro. As outras medalhas foram conquistadas pelas seleções femininas de futebol (atual bicampeã) e handebol, além dos judocas Alexandre Fernandes e Rômulo Crispim.

A Surdolimpíada foi criada em 1924 pelo Comitê Internacional de Desportos de Surdos. Os atletas precisam se submeter a uma audiometria (exame mais comum para avaliação básica da audição) que comprove uma perda auditiva acima de 55 decibéis nos dois ouvidos. Não é permitido o uso de aparelhos auditivos e implantes cocleares nas provas e competições.

As regras das modalidades esportivas para atletas surdos são as mesmas das de atletas sem deficiência. As únicas adaptações necessárias envolvem a substituição de sinalização auditiva por sinalização visual, que é feita por meio de bandeiras, levantadas pelos árbitros nos momentos de marcação das disputas. No futebol, o árbitro principal usa uma bandeirinha, a mesma usada por seus auxiliares.