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Brasil fica fora do Masters de Judô, mas CBJ nega influência da crise

Brasil fica fora do Masters de Judô, mas CBJ nega influência da crise Brasil fica fora do Masters de Judô, mas CBJ nega influência da crise Brasil fica fora do Masters de Judô, mas CBJ nega influência da crise Brasil fica fora do Masters de Judô, mas CBJ nega influência da crise

São Paulo – A elite do judô compete neste fim de semana em Rabat, no Marrocos, mas o Brasil não está lá. O Masters, que reúne os 16 melhores do mundo em cada categoria, começa neste sábado com a participação de nomes como o francês Teddy Riner, a cubana Idalys Ortiz e a norte-americana Kayla Harrison, mas desfalcado dos 15 brasileiros que teriam direito a participar da competição.

A Confederação Brasileira de Judô garante que a decisão de não ir ao Masters já estava tomada desde o ano passado e não tem relação com a crise financeira, que fez a BRF não renovar o patrocínio master da Sadia à entidade. De acordo com a CBJ, a não inscrição no evento marroquino foi uma opção da comissão técnica.

“Os pontos do Masters não seriam computados na totalidade já que rivalizam com os do Campeonato Pan-americano. Como o planejamento é ir com força máxima para os Jogos Pan-Americanos, seria extremamente desgastante para os atletas ir a todas as competições. Com um calendário tão extenso, é obrigação da CBJ escolher a quais eventos vai”, argumentou a entidade, via assessoria de imprensa.

O Masters é o segundo principal evento do calendário, distribuindo 700 pontos ao campeão – menos, apenas, que o Mundial (900) e a Olimpíada (1.000). A pontuação do Masters, entretanto, só é computada pelo atleta se ela for maior do que a obtida no campeonato continental.

No Campeonato Pan-Americano, mês passado, o Brasil ganhou nove medalhas de ouro (400 pontos), sete de prata (240) e uma de bronze (160). Como praticamente todos os brasileiros que teriam direito a ir ao Masters ganharam medalha em Edmonton (Canadá), só interessaria a eles repetir o resultado ou subir um degrau no pódio em Rabat, evento de altíssimo nível.

A CBJ preferiu levar a equipe feminina para treinar por 10 dias no Japão, de onde elas retornam nesta sexta-feira. “Um treinamento de duas semanas com a seleção japonesa ou com atletas de alto nível numa estrutura como o Centro Nacional de Treinamento Ajinomoto traz, muitas vezes, mais retorno técnico do que a simples participação em um torneio”, argumenta a entidade, que garante que tomou a decisão em conjunto com os principais atletas.

CRISE – Questionada, a CBJ negou que a não participação do Brasil no Masters tenha a ver com questões orçamentárias, mas confirmou que a BRF não renovou seu contrato de patrocínio master. “A preparação da seleção olímpica e o trabalho de desenvolvimento do judô no país não serão afetados pelo fim deste contrato. A CBJ conta com Bradesco, Petrobrás, Infraero, Mizuno e Scania apoiando suas atividades, além do Comitê Olímpico do Brasil (CBO) e do Governo Federal, através do Ministério do Esporte.”