A seleção brasileira feminina de vôlei conseguiu se vingar do Japão e venceu a semifinal da Liga das Nações por 3 sets a 2 (23/25, 25/21, 25/18, 19/25 e 15/8), neste sábado (26), em Lodz, na Polônia.
As japonesas foram as responsáveis pela eliminação das brasileiras em 2024, também na semifinal. O Brasil busca o título neste domingo (27), às 15h (de Brasília), contra a Itália, atual campeã olímpica e da Liga das Nações.
Em sete edições da competição, os melhores resultados da seleção brasileiras foram os vices em 2019, 2021 e 2022.
Final com favoritismo para a Itália
Para chegar ao título inédito, a seleção brasileira terá que superar o melhor time do mundo na atualidade. Liderada por Paola Egonu, a Itália é a única invicta na Liga das Nações e acumula 28 triunfos seguidos, série iniciada na edição passada.
Na semifinal, as italianas arrasaram as donas da casa por 3 sets a 0 (25/18, 25/16 e 25/15), mesmo com mais de 10 mil torcedores na Atlas Arena tentando empurrar a Polônia. Egonu foi a maior pontuadora da primeira semifinal, com 17 pontos.
Contra a estrela italiana, o Brasil conta com a capitã Gabi, que neste sábado foi responsável por 25 pontos contra as japonesas, que apostaram no eficiência no saque e no ritmo acelerado de jogo, proposto por seu novo técnico, o turco Ferhat Akbas.
“Estou orgulhosa da equipe pela resiliência e pela capacidade de se recuperar de um início lento. Não foi a nossa melhor partida, mas nunca paramos de lutar, conseguimos nos recuperar de uma situação difícil e começamos bem o tie-break depois de sofrer uma derrota dura no quarto set. A Itália fez uma ótima partida contra a Polônia nas semifinais, mas melhoramos muito durante a Liga das Nações e sabemos que temos tudo para desafiá-los. Queremos muito vencer a Liga das Nações pela primeira vez”, apontou Gabi, que fez 25 pontos na vitória sobre as japonesas.
Como foi a vitória brasileira
As brasileiras demoraram para ajustar o passe no início do jogo neste sábado e permitiram que as rivais abrissem 17 a 11 no primeiro set. Zé Roberto mexeu na equipe, trocando as levantadoras, com Macris no lugar de Roberta. A seleção reagiu e chegou a virar o placar na parte final da parcial, mas alguns erros permitiram que o Japão fizesse 1 set a 0, com 25 a 23.
O segundo set começou equilibrado, mas o Brasil, mais equilibrado, logo assumiu o controle do jogo e só precisou administrar o placar para fechar em 25 a 21 e empatar o duelo em 1 set a 1. Após ser seguida de perto por Ishikawa na primeira parcial (8 a 6), Gabi se consolidou e abriu vantagem como a maior pontuadora da semifinal, com 15.
Com a confiança em alta, o Brasil passou a depender menos da produção no ataque de sua capitã no terceiro set, que foi tranquilo. Julia Bergmann cresceu na partida e marcou seis pontos na parcial, vencida pelo Brasil por 25 a 18.
Pressionado com a obrigação de vencer o set para permanecer na partida, o Japão começou melhor a quarta parcial. As japonesas passaram a marcar Julia Bergmann de maneira mais eficiente e, na frente do placar, aproveitaram os erros das rivais, principalmente no final do set, fecharam em 25/19 e empataram em 2 sets a 2.
No tie break, o Brasil errou seu primeiro ataque, mas depois teve tranquilidade para marcar cinco pontos na sequência. As brasileiras só precisaram administrar a vantagem para fazer 15 a 8, com o último ponto de Julia Bergmann, o 24º dela no jogo, e garantir vaga na final. Desde o confronto na semifinal de 2024, as duas equipes se enfrentaram três vezes, com três vitórias brasileiras.