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Brasil tenta simular México, mas vê Panamá mais frágil

Para o zagueiro Dante, mais do que simular o estilo de jogo de um rival, os amistosos com Panamá e Sérvia são fundamentais para avaliar o comportamento da própria seleção brasileira

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Não é coincidência que o Brasil tenha escolhido seleções da África (África do Sul), da América Central (Panamá) e dos Bálcãs (Sérvia) para os seus três amistosos em 2014 que antecedem a disputa da Copa do Mundo. Afinal, os adversários da equipe dirigida por Luiz Felipe Scolari na primeira fase do Mundial – Croácia, México e Camarões – são exatamente dessas regiões.

A ideia, portanto, é se preparar encarando adversários que possuem estilo de jogo semelhante ao desses oponentes. Adversário do Brasil nesta terça-feira, em Goiânia, o Panamá foi adversário direto do México nas Eliminatórias da Concacaf e não conseguiu se classificar para a repescagem mundial graças ao tropeço diante dos Estados Unidos – derrota por 3 a 2 -, ficando em quinto lugar em um hexagonal. O México, então, avançou para a repescagem e se classificou para a Copa.

Já o Panamá não entrava em campo desde a derrota para os Estados Unidos, em outubro, e só encerrou esse período de paralisação no último sábado, quando empatou por 1 a 1 com a Sérvia em amistoso disputado na cidade de Chicago. A seleção panamenha ocupa, hoje, a 35ª colocação no ranking da Fifa, e repete uma rotina do Brasil na preparação das últimas Copas: não enfrentar oponentes que se classificaram para o Mundial.

Anteriormente, o Brasil encarou adversários até bem mais fracos, como um combinado da região da Umbria, na Itália, em 1990. Já em 2010, duelou com Zimbábue e Tanzânia antes da Copa. Dessa vez, o adversário nunca participou de um Mundial e foi goleado por 5 a 0 pelo Brasil nas duas partidas em que se enfrentaram, em 1952 e 2001.

Para o zagueiro Dante, mais do que simular o estilo de jogo de um rival, os amistosos com Panamá e Sérvia são fundamentais para avaliar o comportamento da própria seleção brasileira. “Mais importante é o nosso comportamento. Não nos dará garantia de nada, em relação a México e Croácia, se vencermos. É encarar a forma de jogo deles, que é parecida, e tentar furar o bloqueio. O importante é o nosso comportamento. Ter ritmo, pegada, compactação do time inteiro e atenção nas bolas paradas”, disse.

Se o rival frágil dá boas chances de vitória ao Brasil nesta terça-feira, o retrospecto no Serra Dourada também ajuda. No principal palco do futebol goiano, a seleção acumula 11 triunfos e dois empates, sem nunca ter sido derrotada. No último compromisso no local, em setembro de 2012, vitória por 2 a 1 sobre a Argentina, pelo Superclássico das Américas, de virada, com gols de Martínez, Paulinho e Neymar.