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Brasileiros disputam Mundial de Piscina Curta sem muita expectativa

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São Paulo – Com uma delegação enxuta, o Brasil chega ao Mundial de Piscina Curta em Windsor, no Canadá, sem muita expectativa. São apenas 13 representantes – Guilherme Guido e Henrique Rodrigues pediram dispensa e Kaio Márcio perdeu o voo de Belo Horizonte para São Paulo – na competição que começa nesta terça-feira e vai até domingo. A disputa também representa o último compromisso de um desgastante ciclo olímpico.

O cenário atual contrasta com o momento vivido pela natação brasileira dois anos atrás. Em 2014, o Brasil conquistou o título no quadro de medalhas e deixou a competição em Doha com sete medalhas de ouro, uma de prata, duas de bronze, dois recordes mundiais, dois recordes de campeonato e 22 novas marcas brasileiras e sul-americanas.

“O foco desse ano realmente foi os Jogos Olímpicos, o estágio que a gente está agora é outro. Acho que terão vários desfalques no Mundial, não só do Brasil. Os outros países não devem ir com suas melhores equipes”, afirma Etiene Medeiros.

A nadadora do Sesi-SP terá a oportunidade de defender o título dos 50 metros costas conquistado em 2014, quando se tornou a primeira mulher brasileira a subir ao topo do pódio em Mundiais, e tem índice para competir os 50m livre. Devido à programação das duas disputas individuais, a nadadora terá de analisar qual será a melhor estratégia. Além disso, deve integrar a equipe brasileira no revezamento 4x50m livre misto. “Vai ser uma oportunidade para me conhecer depois dos Jogos. Vou super tranquila”, prevê.

Nicholas Santos (50m livre e 50m borboleta), Felipe França (50m peito, 100m peito e 200m peito) e Leonardo de Deus (200m costas e 200m borboleta) estão entre os principais nomes convocados, assim como Brandonn Almeida, que se destacou no Open de Natação, disputado em Palhoça (Santa Catarina), com o novo recorde sul-americano dos 400m livre (3min49s46).

Depois de passar em branco nos Jogos Olímpicos do Rio, a natação brasileira gerou críticas até dos próprios atletas. Como agravante, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) vive um período turbulento diante de denúncias de corrupção que envolvem o presidente Coaracy Nunes, no cargo desde 1988, e outros dirigentes. A redução de investimento no período de preparação para a Olimpíada de Tóquio-2020 ronda o esporte e é motivo de preocupação.