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Campeão olímpico, Thiago Braz festeja volta às competições no País no GP Brasil

O campeão olímpico Thiago Braz volta às competições em solo brasileiro desde a conquista do ouro no salto com vara nos Jogos do Rio, em agosto de 2016

Campeão olímpico, Thiago Braz festeja volta às competições no País no GP Brasil Campeão olímpico, Thiago Braz festeja volta às competições no País no GP Brasil Campeão olímpico, Thiago Braz festeja volta às competições no País no GP Brasil Campeão olímpico, Thiago Braz festeja volta às competições no País no GP Brasil
 No último fim de semana, Thiago não conseguiu executar um salto sequer e ficou na última colocação na etapa de Eugene da Liga Diamante, nos Estados Unidos Foto: Reprodução/Instagram

O Grande Prêmio Brasil de Atletismo será disputado neste sábado, em São Bernardo do Campo, e marca a volta do campeão olímpico Thiago Braz às competições em solo brasileiro desde a conquista do ouro no salto com vara nos Jogos do Rio, em agosto de 2016.

“É um prazer retornar ao Brasil. A gente sempre quer buscar um bom resultado dentro de casa e eu espero competir bem, fazendo, no mínimo, 5,70m ou 5,80m. O público vai poder prestigiar uma prova internacional e acompanhar não só a minha performance, mas também a de grandes atletas do mundo inteiro”, afirmou o atleta à reportagem do Estado.

No último fim de semana, Thiago não conseguiu executar um salto sequer e ficou na última colocação na etapa de Eugene da Liga Diamante, nos Estados Unidos. Errou as duas primeiras tentativas para 5,56 metros e arriscou 5,71m na terceira, sem sucesso. Na temporada em pista aberta, o brasileiro ocupa o 19.º lugar no ranking mundial, com a marca de 5,60m – 43 centímetros inferior à registrada na conquista do ouro olímpico (6,03 metros).

O GP Brasil ocorre em meio a um processo de reformulação em seus treinamentos. O objetivo de Thiago para o ciclo olímpico até Tóquio-2020 está traçado: quebrar o recorde mundial, que hoje é de 6,16m e pertence francês Renaud Lavillenie – superado pelo brasileiro na prova olímpica. O alvo do atleta e de seu técnico, o ucraniano Vitaly Petrov, é ultrapassar o sarrafo a 6,20m daqui quatro anos.

Para alcançar a meta, Thiago precisa adotar uma vara mais pesada, que exigirá mais força do campeão olímpico. Assim, Vitaly estabeleceu uma nova rotina de trabalho para seu pupilo. Até 2018, o foco será no fortalecimento muscular. Com o aumento de massa, haverá um impacto em sua velocidade e os ajustes serão feitos gradualmente. A mudança justificará resultados medianos a curto prazo, mas a expectativa é de que a evolução seja constatada a partir de 2019.

“A gente está passando por um momento de adaptação. O Vitaly explicou que é normal na vida de um atleta, depois de uma grande competição, não ter resultados tão constantes. Mas, aos poucos, a gente vai saltar melhor e se readaptando. Independentemente de qualquer coisa, a meta é manter bons resultados e me preparar para o Mundial de Londres e para Tóquio-2020”, disse Thiago.

Para o superintendente de alto rendimento da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Antonio Carlos Gomes, é queda de rendimento diante do propósito é válida. “Se começa a treinar para a próxima competição, ocorre sucateamento e não tem um projeto para medalha lá na frente”, comentou.

Além de Thiago Braz, o GP Brasil também tem presença confirmada de outros brasileiros finalistas olímpicos. No arremesso de peso, Darlan Romani (5.º nos Jogos do Rio) e Geisa Arcanjo (9.ª) estão entre os favoritos. Assim como Altobeli Silva nos 3.000 m com obstáculos (9.º). Entre os estrangeiros, a estrela é a polonesa Anita Wlodarczyk – bicampeã olímpica no lançamento de martelo em Londres-2012 e Rio-2016, bicampeã mundial e recordista mundial. Com o registro de 82,98m, é a única mulher a ultrapassar a marca dos 80 metros na prova.

Na próxima semana, o atletismo brasileiro tem mais um compromisso importante em São Bernardo. De sexta-feira a domingo, o Troféu Brasil definirá a delegação nacional que disputará o Mundial de Londres, em agosto. As duas competições nacionais custarão R$ 1,1 milhão aos cofres da CBAt – dinheiro que será custeado pelos R$ 13 milhões de patrocínio pagos pela Caixa Econômica Federal à entidade em 2017.

Palco do atletismo nos Jogos Olímpicos do Rio, o Engenhão foi descartado como opção de sede para o Troféu Brasil devido ao alto custo do aluguel da pista – 350 mil por dia, totalizando R$ 1,05 milhão para o período da competição. Além disso, o Botafogo é responsável pela gestão do local e haveria conflito de datas com o calendário do futebol brasileiro.