O boxeador Saul Canelo Alvarez entrou com uma coroa no Estádio Jalisco, em Guadalajara, neste sábado, diante de 50 mil torcedores, para defender o título unificado dos pesos supermédios, diante do britânico John Ryder. Ao final dos 12 rounds, o mexicano venceu por decisão unânime dos três jurados (120 a 107 e 118 a 109 – duas vezes), mas deixou uma má impressão para futuros duelos.
Diante de Ryder, um lutador limitado, Canelo tinha a obrigação de vencer com mais facilidade. O campeão chegou a derrubar o adversário no quinto assalto, mas se mostrou ‘pesado’, sem ritmo de luta, com pouca movimentação de cabeça, tronco e pernas.
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Ryder demonstrou muito esforço e coragem, ao lutar desde o segundo assalto com o nariz quebrado. O londrino aproveitou para trocar golpes e teve a melhor apresentação de sua carreira.
A atuação nada empolgante causou críticas a Canelo. Desafetos declarados do boxeador, o empresário Oscar De La Hoya e o jornalista David Faitelson foram os mais exaltados.
“Esta versão de Canelo não vence Dmitry Bivol e nem David Benavidez”, disse David Faitelson, referindo-se a futuros adversários do mexicano. De La Hoya, que cuidou vários anos da carreira de Canelo, rebateu as considerações do técnico Eddy Reynoso, que apontaram o boxeador como o melhor da história da nobre arte mexicana. “Ninguém nunca vai superar Julio Cesar Chavez, afirmou, lembrando do lendário pugilistas dos anos 80 e 90, ex-campeão dos superpenas, leves e meio-médios-ligeiros.
Foi a 59ª vitória (39 nocautes) de Canelo, que soma também duas derrotas e dois empates. Ryder, vencedor em 32 embates (18 nocautes) perdeu pela sexta vez na carreira profissional.
Para esta luta, Canelo recebeu uma bolsa garantida de US$ 15 milhões (R$ 74,3 milhões) mais uma porcentagem na venda do pay per view, o que pode elevar a quantia para US$ 38 milhões. Ryder ficou com US$ 1,5 milhão.
Aos 32 anos, Canelo, que soma títulos mundiais como médios-ligeiro, médios, supermédios e meio-pesado, planeja ter uma revanche contra o russo Dmitry Bivol, de quem perdeu em maio do passado.
