Alexandra Nascimento do Brasil na partida contra a Noruega na Arena Copper Box durante as competições de Handebol nos Jogos Olímpicos de Londres em 07 de agosto de 2012. Foto: Daniel Ramalho/AGIF/COB
Alê Nascimento contra a Noruega nas Olimpíadas de Londres-2012 (Foto: Daniel Ramalho/AGIF/COB)

Ela foi a melhor jogadora do mundo e, não à toa, é chamada de “Rainha”. Agora, está de volta à seleção brasileira de handebol para a disputa do Campeonato Mundial que acontece de 26 de novembro a 14 de dezembro na Alemanha e na Holanda.

A capixaba Alexandra Nascimento, 44 anos, vai vestir novamente o uniforme verde e amarelo para liderar a atual geração.

Melhor do mundo em 2012, Alê é a única remanescente da equipe que foi campeã mundial em 2013. A ponta direita atualmente defende o Handball Erice, da Itália, e conversou de forma exclusiva com a reportagem do Folha Vitória para falar sobre a volta à seleção.

“O treinador Cristiano me ligou há alguns meses para perguntar como eu me sentia, se eu gostaria de voltar a jogar com a seleção. Tivemos uma conversa muito tranquila e honesta, até porque hoje sou mãe e minha prioridade é ela. E foi fácil aceitar o desafio porque, para mim, sempre foi uma honra representar o meu País”, conta Alê.

Retorno com frio na barriga

Natural de Vila Velha e filha do ex-jogador Suemar, que defendeu a Desportiva e o Santos, Alexandra se apresenta à seleção no dia 17 deste mês, para os treinos na Holanda.

A capixaba participou de cinco edições de Olimpíadas: Atenas-2004, Pequim-2008, Londres-2012, Rio de Janeiro-2016 e Tóquio-2020. Com 134 marcados, é a maior artilheira da história das Olimpíadas.

E mesmo com tanta experiência, Alê admite que ainda sente o frio na barriga antes de vestir a camisa da seleção brasileira.

Na verdade, claro que sinto o frio na barriga e estou nervosa, mas agora é hora de ficar tranquila, continuar me preparando para, quando chegar o momento, que falta pouco, poder influenciar positivamente minha seleção. Para mim, sempre foi uma honra poder jogar na seleção brasileira.

Alexandra Nascimento
Alexandra Nascimento  pela seleção brasileira de handebol
Alexandra Nascimento pela seleção brasileira de handebol (Foto: CBHb/Divulgação)

Brasil no Mundial de Handebol Feminino

A seleção brasileira feminina de handebol estreia no Campeonato Mundial no próximo dia 27. Brasil está no Grupo G, com Suécia, República Tcheca e Cuba.

Jogos do Brasil na primeira fase:

  • Brasil x Cuba — 27 de novembro
  • Brasil x República Tcheca — 29 de novembro
  • Brasil x Suécia — 1º de dezembro

O técnico Cristiano Rocha convocou 18 jogadoras, apostando em uma geração mais jovem, mas tendo Alexandra Nascimento como líder da equipe.

Cinco jogadoras vão estrear em Mundiais: Jamily Felix, Maria Grasielly, Micaela Rodrigues, Milena Maria e Sabryne Santos.

Nas duas últimas edições, já sob o comando do técnico Cristiano Rocha, o Brasil ficou em sexto lugar em 2021, na Espanha, e na nona colocação em 2023, no Mundial que aconteceu na Dinamarca, Noruega e Suécia.

Convocadas da seleção brasileira de handebol

Goleiras
  • Gabriela Moreschi (CSM Bucharest-ROU)
  • Renata Arruda (Gloria Bistrita-ROU)
Pontas esquerdas
  • Jamily Felix (Clube Português-BRA)
  • Larissa Fais (CSM Corona Brasov-ROU)
Pontas direitas
  • Alexandra Nascimento (Handball Erice-ITA)
  • Jéssica Quintino (CSM Baia Mare-ROU)
Armadoras
  • Kelly Rosa (Dunaujvaros Kohasz KA-HUN)
  • Mariane Fernandes (MKS Zaglebie Lubin-POL)
  • Bruna de Paula (Gyor Audi ETO KC-HUN)
  • Gabriela Bitolo (TuS Metzingen-ALE)
  • Giulia Guarieiro (Thuringer HC-ALE)
  • Micaela Rodrigues (BM Bera Bera-ESP)
Centrais
  • Jheniffer Lopes (Saint Amand Handball PH-FRA)
  • Maria Grasielly (Urpea Beti-Onak-ESP)
  • Patricia Matieli (MKS Zaglebie Lubin-POL)
Pivôs
  • Sabryne Santos (São Pedro do Sul-POR)
  • Milena Maria (Szombathely-HUN)
  • Marcela Arouinian (Saint Amand Handball PH-FRA)
Flávio Dias
Flávio Dias

Editor de Esportes

Jornalista formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com 24 anos de experiência na editoria de Esportes e em grandes coberturas como os Jogos Pan-Americanos do Rio-2007. Membro da banca de júri do Prêmio Melhores do Esporte 2024

Jornalista formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com 24 anos de experiência na editoria de Esportes e em grandes coberturas como os Jogos Pan-Americanos do Rio-2007. Membro da banca de júri do Prêmio Melhores do Esporte 2024