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Cinzas do surfista Márcio Freire são jogadas em praia de Salvador

Cinzas do surfista Márcio Freire são jogadas em praia de Salvador Cinzas do surfista Márcio Freire são jogadas em praia de Salvador Cinzas do surfista Márcio Freire são jogadas em praia de Salvador Cinzas do surfista Márcio Freire são jogadas em praia de Salvador

O surfista Márcio Freire, falecido no último dia 5 enquanto surfava na praia do Norte, na cidade portuguesa de Nazaré, foi homenageado por amigos e familiares nesta terça-feira, em Salvador. Na cerimônia, as cinzas do baiano foram jogadas na praia da Barra. Ele tinha 47 anos.

A escolha do local de despedida dos familiares do surfista se deve ao início de sua carreira. Na praia da Barra, Márcio Freire começou a surfa ainda aos nove anos. Além de Salvador, uma parte de suas cinzas foram jogadas em Nazaré e outra será levada ao Havaí, nos Estados Unidos, onde viveu por mais de 20 anos.

De acordo com informações repassadas pela Polícia Marítima à imprensa portuguesa, Márcio foi resgatado por uma moto aquática após cair na água em Nazaré e estava sofrendo uma parada cardiorrespiratória quando chegou à areia. O local é famoso por suas ondas e “paredões” gigantes, atrativo para os surfistas. Após tentativas frustradas de reanimá-lo, a morte foi confirmada ainda na praia e o corpo foi transportado para o Instituto de Medicina Legal de Leiria.

Márcio era especializado em ondas gigantes e uma das referências do surfe brasileiro. Ao lado de outros dois amigos baianos, Danilo Couto e Yuri Soledade, formava o trio “Mad Dogs” (“Cachorros Loucos”, em tradução livre). A alcunha surgiu nas praias do Havaí e se deu pelo fato de eles encararem as ondas gigantes sem coletes salva vidas ou auxílio de jet skis.

Esta não foi a primeira vez que um surfista foi acidentado em Nazaré. Em 2019, Pedro Scooby foi engolido pela onda e ficou submerso por alguns minutos até ser resgatado. Ele afirma não ter ficado inconsciente e não teve maiores problemas. O ex-BBB pediu, após a morte de Márcio Freira, que a fiscalização para o surfe de ondas gigantes em Nazaré fosse reforçada.

“Deve haver uma fiscalização maior em Nazaré por parte das autoridades marítimas. Nazaré começou a ficar muito famosa mundialmente. Pessoas de todo lugar vão para lá, algumas sem preparo e equipamento certo. Isso envolve vidas. Precisamos, sim, de um alerta maior para quem for surfar em Nazaré”, apontou.