Esportes

Clubes do futebol brasileiro seguem cartilha sobre concussão cerebral

Clubes do futebol brasileiro seguem cartilha sobre concussão cerebral Clubes do futebol brasileiro seguem cartilha sobre concussão cerebral Clubes do futebol brasileiro seguem cartilha sobre concussão cerebral Clubes do futebol brasileiro seguem cartilha sobre concussão cerebral

A preocupação com o choque de cabeça durante um jogo de futebol tem aumentado nos últimos anos. Em 2019, o Estado revelou levantamento feito pela CBF que apontou que tais pancadas são a segunda maior incidência de lesões no futebol brasileiro, somente atrás de contusões musculares. Por isso, a entidade instituiu no segundo turno do Brasileirão de 2019 um protocolo que os médicos dos times tem de seguir e preencher quando um jogador sofre concussão.

Na Série A houve 18 traumas de cabeça na metade final da competição no ano passado e na Série B, 21. A recomendação é que o jogador deixe o gramado após o primeiro impacto. O neurologista Renato Anghinah trabalha com trauma craniano no Hospital das Clínicas e explicou a importância da substituição. “O problema é que pode haver o que chamamos de síndrome do segundo impacto, que é levar nova pancada no mesmo local. Aí pode levar a um edema, que pode levar a morte.”

Foi Renato quem corrigiu os diagnósticos dos ex-boxeadores Éder Jofre e Maguila, que tinham suspeitas de Alzheimer. Os dois, após serem reavaliados, descobriram que sofrem de problemas neurológicos pelas pancadas na cabeça. O ex-zagueiro Bellini, capitão do tricampeonato mundial da seleção brasileira em 1970, morreu em 2014 e sua família doou o cérebro para ser estudado. Os neurologistas constaram que ele sofreu de demência por causa das pancadas.

INOVAÇÃO – O Corinthians neste ano decidiu investir na prevenção dos atletas e chamou Renato para realizar exames neurológicos no elenco. A intenção é medir atenção, equilíbrio e reflexo dos atletas. Os exames podem ajudar no tratamento de um eventual choque de cabeça e também a melhorar a performance do atleta. “Há técnicas que ajudam a corrigir alguma dificuldade cognitiva”, informou Renato.