A alegria da americana Coco Gauff ao receber e beijar seguidas vezes a Taça Suzanne-Lenglen contrastava com o choro de tristeza de Aryna Sabalenka, tenista número 1, após a final feminina de Roland Garros, disputada neste sábado (7), em Paris.
A americana de 21 anos derrotou a bielarussa por 2 sets a 1, de virada, parciais de 6/7 (5/7), 6/2 e 6/4, em 2h37 de partida.
O inédito título de Roland Garros rendeu à número 2 do mundo sua 10ª conquista no circuito da WTA. Já Sabalenka deixou escapar a chance de vencer pela primeira vez o Grand Slam francês.
1ª americana a vencer em Roland Garros desde 2015
Primeira americana a triunfar em Roland Garros desde o título de 2015 de Serena Williams, Coco Gauff deu um caloroso abraço na adversária após a final deste sábado, chorou ajoelhada na terra batida da quadra Philippe Chatrier, cumprimentou o diretor de cinema Spike Lee e tirou um peso das costas.
“Sinceramente, eu não achava que conseguiria vencer. Vou citar (o rapper americano) Tyler, The Creator aqui, que disse: ‘Se eu alguma vez te dissesse que tinha uma dúvida dentro de mim, eu devia estar mentindo’. Gostaria de deixar isso com vocês. Obrigada, Paris!”, comemorou.
Em seu discurso em quadra, a número 2 do mundo lembrou da derrota para Iga Swiatek na final de 2022, quando tinha apenas 18 anos, e o quanto aquele resultado a colocou em um “lugar sombrio”, agradecendo, em seguida, o apoio dos torcedores na final deste sábado.
“A torcida me ajudou muito hoje, vocês estavam torcendo muito por mim e eu não sei o que fiz para merecer tanto amor da torcida francesa”, disse, estendendo os agradecimentos aos pais: “Vocês provavelmente acreditam mais em mim do que eu mesma. Vocês me mantêm com os pés no chão e me fazem acreditar que eu consigo.”
Sabalenka lamenta atuação “irreconhecível”
Já Sabalenka, que abusou dos erros não forçados — foram 70 na partida contra 30 da oponente — e pareceu irreconhecível em quadra, lamentou a atuação que a impediu de conquistar seu quarto título de Grand Slams, o primeiro em Roland Garros.
Lutando para encontrar as palavras em meio às lágrimas, ela elogiou Gauff por ser uma “lutadora” e pelo título merecido, mas ressaltou que o vento forte tornou a disputa um festival de erros.
“Isso vai doer muito. Coco, parabéns, você foi uma jogadora melhor do que eu em condições difíceis. Obrigada à minha equipe pelo apoio e desculpem por essa final terrível. Como sempre, voltarei mais forte”, prometeu a bielorussa.