Tóquio – O Comitê Olímpico Internacional (COI) cobrou o Japão para acelerar a construção do seu novo estádio nacional, pedindo para que ele fique pronto em janeiro de 2020, mas o ministro japonês responsável pelos Jogos de 2020 avisou que esta data de entrega não é viável.
Vice-presidente do COI, John Coates disse a repórteres em Tóquio que ele avisou os organizadores da Olimpíada de 2020 sobre a necessidade do prazo ser cumprido, para que alguns testes sejam realizados antes da cerimônia de abertura, em agosto.
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“O estádio tem que estar disponível para cerimônias e ensaios”, disse Coates. “Eles precisam entregar ao comitê organizador em janeiro de 2020”, completou o dirigente dando ênfase à data, três meses antes do planejado pelo Japão – abril de 2020.
O ministro olímpico do Japão, Toshiaki Endo, que foi nomeado para o cargo apenas dois meses atrás, disse que será difícil cumprir essa meta, porque abril já é um prazo apertado. “Abril é o alvo que podemos fazer, e mudar mais a programação neste momento é difícil”, disse Endo.
Ele afirmou que se tratou de um “pedido difícil”, que não pode ser aceito imediatamente. “Eu vou buscar a sabedoria de todos para que o Japão possa terminar a construção o mais rapidamente possível e acomodar a solicitação (do COI)”, disse.
O projeto inicial de construção do estádio olímpico foi deixado de lado após um clamor público contra o alto custo previsto, de 252 bilhões de ienes (aproximadamente R$ 7,44 bilhões), quase o dobro da estimativa inicial e que o tornaria a mais cara arena esportiva. Endo explicou que a ideia agora é de que o custo do estádio fique abaixo de 200 milhões de ienes (menos de R$ 5,9 bilhões).
O governo japonês vai iniciar uma nova concorrência para definição do design e construção do novo estádio olímpico. Essa mudança fará com que o estádio não esteja pronto para a Copa do Mundo de Rúgbi de 2019, como previsto inicialmente.
Junto com a incerteza sobre o estádio, o logotipo oficial dos Jogos Olímpicos é outro motivo de polêmica, com a acusação de que o emblema de um teatro belga foi copiado. O designer japonês Kenjiro Sanohas nega a acusação.
