Rio –
O Comitê Olímpico Internacional (COI) se esquivou nesta segunda-feira de qualquer responsabilidade sobre os testes antidoping em atletas brasileiros antes da Olimpíada do Rio e apontou que caberá à Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) dar uma resposta sobre os problemas enfrentados no laboratório do Rio de Janeiro.
Nesta segunda-feira, o jornal O Estado de S.Paulo revelou como o laboratório carioca, designado para fazer testes antidoping no Rio-2016, reduziu de forma significativa os exames de atletas brasileiros às vésperas do início dos Jogos Olímpicos e justamente no momento considerado como mais importante no controle de esportistas.
A Wada afirmou que tal situação era inaceitável e alertou o Comitê Olímpico Internacional. Os dados apontam que, entre janeiro e junho de 2016, um total de 2.227 testes foram realizados em atletas brasileiros, uma média de 371 por mês. Mas, entre os dias 1 e 24 de julho, foram apenas 110 testes.
Fontes da Wada afirmaram que caberia ao COI agir. Mas essa não é a percepção da entidade olímpica. A responsabilidade é da Wada, disse em entrevista coletiva, nesta segunda-feira, o porta-voz do COI, Mark Adams.
Até o dia 24 de julho e a abertura da Vila Olímpica, a Wada foi responsável por todas as atividades antidoping no Rio”, disse o COI. Durante esse período, apenas a Wada tinha a responsabilidade pelo credenciamento da agência antidoping nacional e pelo credenciamento do laboratório para a Olimpíada, acusou.
O governo explica que o motivo da queda nos testes foi a decisão da Wada de suspender de forma abrupta o credenciamento do laboratório, sem prever uma alternativa.