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Com estreia de Oncins, Brasil inicia transição em duelo contra Barbados na Davis

Com estreia de Oncins, Brasil inicia transição em duelo contra Barbados na Davis Com estreia de Oncins, Brasil inicia transição em duelo contra Barbados na Davis Com estreia de Oncins, Brasil inicia transição em duelo contra Barbados na Davis Com estreia de Oncins, Brasil inicia transição em duelo contra Barbados na Davis

Com novidades dentro e fora de quadra, a equipe brasileira enfrentará o pouco expressivo time de Barbados entre esta sexta-feira e sábado, no saibro da Sociedade Recreativa Mampituba, em Criciúma (SC), em busca de uma vaga na fase classificatória da Copa Davis de 2020. Será a estreia de Jaime Oncins como capitão brasileiro.

Com toda a experiência do seu novo líder, que atuou como jogador durante 11 anos na tradicional competição, o confronto pode marcar também o início de uma nova era no time brasileiro. Rejuvenescida, a equipe também terá a estreia de João Menezes, campeão pan-americano em Lima, no Peru, há cerca de um mês. E contará novamente com Thiago Wild, outra aposta da nova geração, de apenas 19 anos.

Menezes, atual 194.º do mundo, terá a responsabilidade de abrir o confronto. Às 12 horas, ele enfrentará Darian King, principal tenista do time rival. Já foi o 106.º do ranking há dois anos, hoje é o 169.º. Na sequência, Thiago Monteiro (101.º) vai encarar Haydn Lewis, sem colocação na ATP.

Os mesmos tenistas de Barbados serão os rivais de Bruno Soares e Marcelo Melo no jogo de duplas, neste sábado, às 11 horas. Melo é o atual número 5 do mundo, enquanto que Soares aparece na 22.ª posição. Somente King tem ranking de duplas, ocupando o 182.º lugar. Em seguida, as partidas de simples serão invertidas: Monteiro vai enfrentar King e Menezes terá pela frente Lewis.

Prestes a estrear como capitão na Davis, Oncins admite o favoritismo do seu time. “O Brasil é favorito principalmente por jogar em casa, por escolher o tipo de piso e de bola. Mas somos favoritos só no papel”, ponderou, em entrevista ao Estado.

Ele reconhece também a ansiedade por exercer função diferente da que se acostumou na Davis – foram 11 anos como jogador, até 2001. “De fora da quadra, será diferente. Quando jogava, sempre deixei claro que é uma competição que gosto muito. Agora como capitão, vou estar atuando com o mesmo entusiasmo, mas a responsabilidade será diferente”, comentou.

Em Criciúma, Oncins vai comandar uma das equipes mais jovens do Brasil nos últimos anos. Com Menezes e Wild, a idade média do time caiu quase dois anos (de 29,4 para 27,6) em comparação ao confronto em que o Brasil foi derrotado pela Bélgica, em fevereiro, em Uberlândia (MG).

“Acho que é o momento de transição por qual passa o tênis brasileiro. E o fato do Menezes e do Wild serem convocados para este confronto é também porque estão vivendo um bom momento no tênis”, explicou o capitão, que substituiu João Zwetsch, demitido após a queda para os belgas.

À frente do time, Oncins iniciou esta transição ao optar por jogadores mais jovens, em detrimento de mais experientes, como Thomaz Bellucci e Rogério Dutra Silva, que não vivem momentos tão favoráveis no circuito profissional. A escolha pelos mais jovens tem mais solidez do que a feita nos últimos dois anos, quando tenistas menos experientes eram convocados mais por falta de opção do que por critérios técnicos.

Se confirmar o favoritismo, o Brasil voltará a disputar a fase classificatória da Davis, como aconteceu neste ano, na tentativa de buscar uma vaga nas Finais da competição. A partir deste ano, com as mudanças drásticas impostas ao campeonato, os confrontos na elite do tênis se concentram em apenas uma semana (18 a 24 de novembro), em uma sede única (Madri, na Espanha), em uma disputa com 18 equipes, com fase de grupos e mata-mata até a definição do campeão.