Rio –
A estreia dos astros americanos no basquete masculino nos Jogos do Rio, neste sábado, foi mais uma apresentação de habilidades e de técnica do que um jogo. A vitória fácil de 119 a 62 sobre a China, na Arena Carioca, foi a chance de o público aproveitar a presença dos principais nomes da NBA para curtir a partida mais pelo viés de evento esportivo, não tanto como competição.
O placar arrasador e o desnível entre os adversários fez a natureza do encontro mudar de ares. Os grandes favoritos ao ouro e donos de 96% de aproveitamento em Jogos são muito superiores à equipe mais jovem do torneio e a única formada com atletas que atuam somente no próprio país.
Não é todo dia que os brasileiros podem ver diante dos próprios olhos astros do quilate de Kevin Durant, cestinha da partida com 25 pontos. O jogador se encheu tanto de confiança que até abusou de arriscar cestas de três pontos.
A oportunidade de ver o time com alguns dos melhores da NBA fez a torcida brasileira mudar de comportamento. As camisas amarelas da seleção brasileira deram lugar à peças dos times de basquete dos ídolos que estavam em quadra na Arena Carioca. Valeu até mesmo demonstrar apoio pelos Estados Unidos, sem se cansar de aplaudir enterradas.
A devoção aos ídolos começou do lado de fora e aumentou dentro do ginásio com o anúncio dos nomes. Os 12 americanos foram festejados pela torcida. O maior carinho foi para Klay Thompson, do Golden State Warriors, um dos presentes no quinteto inicial.
A estreia representou um rito protocolar. Os americanos administraram a vantagem de aproximadamente o dobro de pontos dos chineses. O primeiro tempo terminou 59 a 30. A situação se mostrou confortável para a torcida se distrair com uma “ola”, gritos com o nome da presidente afastada Dilma Rousseff ou um canto de “China” quando os asiáticos convertiam arremessos de três pontos.
A “turnê brasileira” do Dream Team deve continuar na terça, também na Arena Carioca. Da lista de adversários, a Venezuela não está entre as candidatas a ser páreo suficiente para fazer os americanos voltarem envergonhados ao navio de luxo onde estão hospedados.