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Com fracasso de renda, Carioca vê clubes grandes com prejuízo em quase todo jogo

Com fracasso de renda, Carioca vê clubes grandes com prejuízo em quase todo jogo Com fracasso de renda, Carioca vê clubes grandes com prejuízo em quase todo jogo Com fracasso de renda, Carioca vê clubes grandes com prejuízo em quase todo jogo Com fracasso de renda, Carioca vê clubes grandes com prejuízo em quase todo jogo

Rio – A Federação de Futebol do Rio (Ferj) tem destacado em publicações no seu site oficial o aumento de público no Carioca de 2015. A cada rodada, a comparação com os números da edição anterior leva seus dirigentes a exaltar a competição. Insistem em dizer que o modelo atual, com 16 clubes, é viável. Não atentam, porém, para o ponto que mais desperta o interesse dos grandes clubes – o prejuízo com as bilheterias.

O Vasco, por exemplo, sofreu com números negativos em seus cinco jogos iniciais do campeonato – com Cabofriense, Madureira, Tigres, Macaé e Barra Mansa. O prejuízo nessas partidas chegou a R$ 127 mil. Quando veio o clássico na sexta rodada com o Fluminense, no Engenhão, a receita do clube de São Januário foi de apenas R$ 16 mil.

A situação do Fluminense é muito parecida. Logo em sua estreia no Carioca o clube das Laranjeiras deixou a cidade de Volta Redonda, onde jogou com o Friburguense, com déficit de R$ 47 mil. E na partida contra o Vasco, recebeu apenas R$ 5,5 mil. O cenário no Botafogo não é muito diferente. Somente os jogos do Flamengo, com mais público, deixam algum dinheiro em caixa. Mas os valores são inexpressivos para o custo do futebol rubro-negro. Na partida contra a Cabofriense, na terceira rodada, no Maracanã, o Flamengo ficou com R$ 10.495,98.

Embora razoável, a média de público de 2015 não ganhou impulso significativo com a categoria de sócio-torcedor de Fla, Flu, Vasco e Botafogo. Os quatro juntos têm praticamente o mesmo número de adesões que o Palmeiras – em torno de 100 mil.

Não fossem as cotas de TV e os clubes não teriam como disputar o Carioca. Cada um dos quatro grandes recebe por jogo R$ 311 mil da detentora dos direitos de transmissão.

“O Flamengo não pode ficar à mercê do excesso de taxas cobradas por jogo. Isso é totalmente desproposital”, disse o presidente rubro-negro Eduardo Bandeira de Mello.

O borderô dos jogos não deixa dúvidas de que o campeonato não é rentável. São realmente muitas taxas e encargos. Um deles salta aos olhos: a Ferj recolhe cerca de 10% de toda renda bruta. No jogo de maior público do Carioca – Botafogo x Fla, com 44 mil pagantes -, federação e os dois clubes praticamente ficaram com a mesma cota – R$ 259 mil para o alvinegro, R$ 246 mil para o Fla e R$ 209 mil para a entidade.