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Com 'geração dourada' envelhecida, Chile vive situação difícil nas Eliminatórias

Com ‘geração dourada’ envelhecida, Chile vive situação difícil nas Eliminatórias Com ‘geração dourada’ envelhecida, Chile vive situação difícil nas Eliminatórias Com ‘geração dourada’ envelhecida, Chile vive situação difícil nas Eliminatórias Com ‘geração dourada’ envelhecida, Chile vive situação difícil nas Eliminatórias

Candidato à decepção das Eliminatórias Sul-Americanas, o Chile corre sérios riscos de ficar fora da Copa do Mundo de 2022, no Catar. Campeã das edições 2015 e 2016 da Copa América e vice da Copa das Confederações em 2017, a seleção chilena vive situação delicada na 8ª posição da disputa, com apenas uma vitória em nove jogos. O país, que esteve nas duas últimas Copas (Brasil e Rússia), vê o envelhecimento da geração mais vitoriosa de sua história.

O presidente da Federação de Futebol do país, Pablo Milad, se preocupa com o momento da seleção. “A situação nos obriga a fazer ao menos sete pontos nos próximos três jogos, mas gostaria que fossem nove”, comentou ao Canal 13 de Santiago. O diretor esportivo de seleções, Francis Cagigao, definiu os próximos três confrontos como a “operação reviravolta”.

Faz seis partidas que o Chile não sabe o que é vitória. A última foi sobre a Bolívia por 1 a 0 em junho ainda pela Copa América, competição em que venceu apenas uma das cinco partidas, sendo eliminada em derrota para o Brasil, vice-campeão. Com os resultados ruins, a pressão é grande sobre o técnico Martín Lasarte, que assumiu o Chile na segunda rodada das Eliminatórias, e tem o pior início de um treinador no comando da seleção em suas primeiras dez partidas. Um dos vários problemas da equipe é o ataque. Foram apenas nove gols marcados em nove jogos, o terceiro pior, ao lado do Paraguai.

Os próprios torcedores entendem a situação delicada da seleção para se classificar à próxima Copa do Mundo. O chileno Felipe Ruiz, gerente de uma empresa de consultoria de recrutamento e seleção, acredita que o objetivo ainda é possível, mas a chance de jogar o próximo Mundial é pequena.

“Definitivamente, essa é uma geração dourada que tanta felicidade nos deu. A seleção está com vários problemas. Muitos jogadores não estão tendo regularidade por suas respectivas equipes e sem o desempenho que estão acostumados a ter na seleção nacional”.

Da “geração dourada”, a mais vencedora da história da seleção chilena, alguns jogadores já até se aposentaram, mas a maioria continua representando o país, como Claudio Bravo (de 38 anos), Arturo Vidal (de 34), Gary Medel (de 34), Mauricio Isla (de 33), Alexis Sanchez (de 32), Charles Aránguiz (de 32) e Eduardo Vargas (de 31). Desses, cinco são os atletas que mais atuaram pela seleção chilena na história (Sánchez, Medel, Bravo, Isla e Vidal).

A dor de cabeça para o torcedor chileno só tem aumentado. O atacante Eduardo Vargas, do Atlético-MG, e o lateral-esquerdo Eugenio Mena, ex-São Paulo e Santos, ficaram fora da lista de convocados desta vez por estarem machucados. O zagueiro Francisco Sierralta e o meio-campista Charles Aránguiz, ex-Internacional, estão com problemas físicos e são dúvidas para enfrentar o Peru, nesta quinta-feira, dia 7, fora de casa.

Depois de encarar a seleção peruana, o Chile tem pela frente Paraguai e Venezuela, ambos em casa. Teoricamente os oponentes não são melhores do que o Chile. O time está animado com a possibilidade de somar nove pontos. A federação de futebol do país cogita baixar os preços dos ingressos e tenta negociar com as autoridades locais o aumento de público no estádio: de 25%, como foi na partida contra o Brasil, para 50% a 70%. O pedido ainda não foi atendido.

A campanha do Chile só é melhor do que a da Bolívia e Venezuela. Na disputa na América do Sul tem o Brasil como líder invicto após oito partidas. O jogo entre a seleção de Tite e a Argentina foi interrompido e ainda sem definição da Fifa e Conmebol. O time de Messi tinha quatro jogadores que não cumpriram quarentena no Brasil. O continente leva quatro países para a Copa do Catar, e uma quinta seleção joga repescagem.