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Com mais espaço com Dorival Júnior, Vitor Bueno quer fazer história no Santos

Com mais espaço com Dorival Júnior, Vitor Bueno quer fazer história no Santos Com mais espaço com Dorival Júnior, Vitor Bueno quer fazer história no Santos Com mais espaço com Dorival Júnior, Vitor Bueno quer fazer história no Santos Com mais espaço com Dorival Júnior, Vitor Bueno quer fazer história no Santos

São Paulo – Nascido em Monte Alto, no interior de São Paulo, Vitor Bueno adota o estilo garoto do interior. Discreto em meio aos badalados Ricardo Oliveira, Lucas Lima e Gabriel, o meia de 21 anos se torna cada dia mais importante para o time do Santos, parece ser um coadjuvante de luxo para as estrelas e que a cada dia se aproxima do protagonismo.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, ele assegura não pensar em deixar o clube neste momento, fala das comparações com Raí e de seu crescimento tão rápido no time alvinegro.

Você vê o time do Santos em reais condições de título?

Difícil projetar o futuro, mas posso te garantir que a confiança é grande para se manter na parte de cima da tabela e conseguir, pelo menos, uma vaga na Libertadores do ano que vem. O negócio é manter os pés no chão e pensar um jogo de cada vez.

Mas o Santos tem elenco para suportar um Brasileiro lá em cima e ir bem na Copa do Brasil?

Já provamos que sim. Quando os meninos (Zeca, Thiago Maia e Gabriel) foram para a seleção olímpica, falaram que a gente ia cair, mas quem entrou deu conta do recado e isso se repetiu na Copa América (quando Lucas Lima e Gabriel foram convocados e Ricardo Oliveira sofreu uma lesão). O pessoal fica meio assim pelo fato de termos um elenco jovem, mas não significa que falta qualidade. Todo mundo treina esperando a oportunidade e quando entra, vai bem.

Como você avalia o seu desempenho e a sua importância para o time nesta temporada?

Acredito que eu tenha ido bem. No Brasileiro, ajudei o time com alguns gols (oito no total, dois a menos do que o artilheiro do Brasileiro, Gabriel Jesus) e assistências. Espero continuar assim e ajudar o Santos a chegar ao topo. Eu não crio meta de gols e nem nada. Como disse, penso jogo a jogo.

Antes do Santos, você já rodou um pouquinho…

Sim. Comecei no Monte Azul, joguei uma Copa São Paulo, fui emprestado ao Bahia, onde fiquei dois anos, e voltei para disputar mais uma Copinha no Monte Azul. Meu contrato acabou e fui para o Botafogo, de Ribeirão Preto, onde subi para o profissional, joguei o Paulista de 2015, me destaquei e vim para o Santos.

No Botafogo, faziam muitas comparações entre você e o Raí, ex-São Paulo. Acha que tem algumas semelhanças?

O Raí já falou algumas vezes sobre meu estilo e me elogiou bastante em entrevistas. Existia mesmo a comparação por termos estilos parecidos, falavam em Ribeirão Preto que eu poderia ser o novo Raí, mas é claro que não dá para comparar. Raí foi um craque. Além disso, quero fazer o meu nome no futebol.

Você chegou ao Santos para o time B e, em menos de um mês, foi para o profissional, passado um tempo, virou titular e não saiu mais. Esperava que tudo fosse tão rápido?

É claro que eu cheguei pensando em ser utilizado no time de cima, mas sendo bem honesto, não imaginei que seria tão rápido. As coisas foram acontecendo naturalmente e quando percebi, eu era titular do Santos e estava marcando gols.

Embora você viva um bom momento, as atenções e cobranças ficam mais em cima de Lucas Lima, Gabriel e Ricardo Oliveira. Você gosta ou te incomoda isso?

Eu acho que a torcida e a imprensa podem até pensar assim, mas nós não podemos achar que eles vão resolver o jogo sempre. Temos jogadores de qualidade e não tem motivo para deixar tudo nas costas deles. Concordo que o foco fica em cima dos três, até por serem jogadores de seleção e não me preocupo em ser estrela ou protagonista.

Muitos jogadores do Santos estão na mira de grandes da Europa. Você também espera ser negociado em breve?

Sinceramente, não. Quero jogar e fazer história no Santos. Acabei de renovar contrato justamente porque não quero só passar por aqui. Espero conquistar coisas importantes e depois, se for para ir jogar na Europa, vai acontecer, mas não acho que é momento de pensar nisso.

Ao contrário de seus colegas, que pintam o cabelo, fazem penteados extravagantes, têm tatuagens, etc, você é mais discreto. Ou é impressão?

(Risos) Eu sempre fui um cara calmo mesmo. Tenho meu estilo próprio e gosto de me vestir bem quando não estou no futebol. Não uso brinco, tatuagem e nem nada, mas respeito quem gosta. Só não é muito meu estilo e não vou mudar por estar em um time grande.

Não gosta de provocar os rivais, como Lucas Lima e Gabriel?

Fico na minha, mas o futebol está muito chato. Não pode falar nada que tudo vira polêmica. Os jogadores brincam um com o outro, termina o jogo e vão jantar juntos. As pessoas precisam parar de achar que tudo é motivo de briga.