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Com mudanças, México leva susto, mas vira sobre Nova Zelândia na Rússia

Com mudanças, México leva susto, mas vira sobre Nova Zelândia na Rússia Com mudanças, México leva susto, mas vira sobre Nova Zelândia na Rússia Com mudanças, México leva susto, mas vira sobre Nova Zelândia na Rússia Com mudanças, México leva susto, mas vira sobre Nova Zelândia na Rússia

São Paulo – A seleção do México levou um susto nesta quarta-feira. Depois de buscar um empate quase heroico com Portugal na estreia, o time comandado pelo técnico Juan Carlos Osorio sofreu gol da modesta equipe da Nova Zelândia e precisou buscar a virada para vencer por 2 a 1, em Sochi, pela segunda rodada do Grupo A da Copa das Confederações.

Com o resultado, o México encaminhou sua vaga às semifinais. Soma agora quatro pontos e divide a liderança da chave com Portugal, que tem a mesma pontuação após vencer a Rússia por 1 a 0, também nesta quarta. Os russos seguem com três e a Nova Zelândia continua sem pontuar.

Na última rodada da chave, o time mexicano fará confronto direto com os anfitriões valendo vaga na semifinal, no sábado. Um empate deve classificar o time de Osorio. No mesmo dia, portugueses e neozelandeses vão se enfrentar, com amplo favoritismo do time de Cristiano Ronaldo.

A partida desta quarta foi marcada pelo conhecido hábito de Osorio de promover rodízios nos seus times. Desta vez ele errou a mão e quase complicou a vida do México na competição. Foram oito mudanças entre os titulares. E a Nova Zelândia saiu na frente. No segundo tempo, porém, o México reagiu rapidamente e buscou a virada, com outra postura em campo.

Nos minutos finais, uma confusão entre os jogadores quase se alastrou pelo gramado e quase estragou o bom segundo tempo que fizeram. Hesitante, o árbitro Bakary Gassama, de Gâmbia, chegou a recorrer ao árbitro de vídeo para distribuir cartões em campo. Acabou não expulsando ninguém, apesar de uma investida mais violenta de Boxall, da Nova Zelândia. A intervenção atrasou o fim da partida.

O JOGO – Com oito mudanças na equipe titular, o México entrou em campo desfigurado. Nem mesmo o capitão Rafa Márquez, que era dado como certo no meio-campo, começou jogando. Como consequência, faltou entrosamento, organização e passes certos ao time mexicano no primeiro tempo.

Duas tentativas ofensivas exemplificaram na etapa inicial a “bagunça” montada por Osorio. Aos 12 e aos 15 minutos, o ataque perdeu chances claras de gol por acertar finalizações sobre companheiros do mesmo time. Quatro minutos depois, a Nova Zelândia surpreendentemente mostrou maior eficiência no ataque. Smith cabeceou e exibiu boa de defesa do goleiro Talavera.

O jogo se concentrava no meio-campo, muito pegado, e com seguidos passes errados e faltas de menor consequência. O México era afobado no ataque, quando conseguiu avançar. E a Nova Zelândia encontrava caminho mais rápido rumo ao gol. Aos 26, Wood desperdiçou chance incrível ao parar no goleiro quando estava cara a cara com Talavera.

No início do lance, ele fizera falta em Carlos Salcedo, que precisou deixar o gramado mais cedo, com o ombro imobilizado. A jogada gerou fortes críticas por parte do banco de reservas do México. Irritado, Osorio não poupou gritos e berros contra o treinador rival e contra a arbitragem.

Mas nenhum grito foi o suficiente para deixar a defesa mexicana mais alerta em campo. Aos 41, uma bela triangulação da Nova Zelândia culminou no chute certeiro de Wood. Na sequência, o México enfim exigiu a primeira defesa do goleiro Marinovic, aos 43 minutos.

Na volta para o segundo tempo, Osorio realizou apenas uma substituição na seleção mexicana. Reforçou o meio-campo ao colocar Héctor Herrera em campo, no lugar do zagueiro Alanis.

Pode ter sido a mudança, pode ter sido o famoso “puxão de orelha” no vestiário. Mas o fato é que o México parecia outro na segunda etapa. Mais ofensivo, acertava mais passes no ataque. E, aos 8 minutos, já empatava a partida. Após troca de passes na entrada da área, Jimenez acertou belo chute por cima e mandou para as redes.

Claramente superior ao rival, ao contrário do que aconteceu no primeiro tempo, o México atacava com mais consistência e levava maior perigo. Não demorou para buscar a virada. Aos 26, Aquino investiu pela linha de fundo, na esquerda, e cruzou rasteiro na área para Peralta encher o pé e decretar a reviravolta no marcador.

O terceiro quase surgiu aos 30, novamente com Peralta. Desta vez ele foi “fominha” e bateu por cima do gol, apesar dos outros três companheiros mexicanos que estavam na área. A esta altura da partida, o México já acumulava 18 finalizações, contra 9 dos neozelandeses. E tinha 65% de posse de bola.

Sem reproduzir as chances perdidas do primeiro tempo, a Nova Zelândia era mais contida na defesa e no meio-campo. Até tentou em cabeçada de Smith, mas Talavera defendeu. E levou susto pela última vez aos 39, quando Thomas acertou o travessão. Aos 44, o México ainda desperdiçou oportunidade incrível, aos 43, quando Jimenez bateu para o gol vazio e viu Smith surgir em cima da linha para evitar o terceiro gol.

FICHA TÉCNICA:

MÉXICO 2 x 1 NOVA ZELÂNDIA

MÉXICO – Alfredo Talavera; Diego Reyes, Nestor Araujo, Oswaldo Alanis (Herrera) e Carlos Salcedo (Héctor Moreno, depois Rafa Márquez); Marco Fabian, Juergen Damm, Javier Aquino, Giovanni dos Santos; Raul Jimenez e Oribe Peralta. Técnico: Juan Carlos Osorio.

NOVA ZELÂNDIA – Stefan Marinovic; Michael Boxall, Tommy Smith, Andrew Durante; Deklan Wynne, Ryan Thomas, Clayton Lewis (Tuiloma), Dane Ingham (Patterson), Michael McGlinchey; Chris Wood, Marco Rojas (Barbarouses). Técnico: Anthony Hudson.

GOLS – Wood, aos 41 minutos do primeiro tempo. Jimenez, aos 8, e Peralta, aos 26 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Thomas, Boxall e Reyes.

ÁRBITRO – Bakary Gassama (Gâmbia).

RENDA – Não disponível.

PÚBLICO – 25.133 pagantes.

LOCAL – Estádio Olímpico de Sochi, na Rússia.