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Com nova acrobacia, ginasta Rebeca Andrade quer entrar para grupo 'top de linha'

Com nova acrobacia, ginasta Rebeca Andrade quer entrar para grupo ‘top de linha’ Com nova acrobacia, ginasta Rebeca Andrade quer entrar para grupo ‘top de linha’ Com nova acrobacia, ginasta Rebeca Andrade quer entrar para grupo ‘top de linha’ Com nova acrobacia, ginasta Rebeca Andrade quer entrar para grupo ‘top de linha’

Rio

A ginasta Rebeca Andrade teve oportunidade de mostrar aos árbitros nesta quinta-feira a novidade que está preparando no solo para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. No treino de pódio da ginástica artística na Arena Olímpica, a brasileira executou uma variação do tsukahara, movimento que pode ser batizado com o seu sobrenome se for homologado no código de pontuação pela Federação Internacional de Ginástica (FIG).

“É um mortal com uma pirueta e meia e ninguém nunca fez. Estou treinando, acertei várias vezes no ginásio e estou bem segura. Vai dar tudo certo”, confia. Rebeca também destaca que teve de “voltar do zero” após a cirurgia no joelho direito que a tirou das competições por um longo período em 2015. “Saber que tive capacidade de treinar e fazer esse elemento novamente é muito bom porque mostra que eu sou diferente”, afirma, antes de soltar o riso.

Caso a acrobacia seja inserida no código, Rebeca entrará para um grupo “top de linha”, como ela define. A ginasta refere-se a Daiane dos Santos (solo), Diego Hypolito (solo), Arthur Zanetti (argolas) e Sérgio Sasaki (paralelas). “Poder fazer parte dessa linhagem do Brasil e mostrar para o mundo que a gente pode fazer coisa nova é muito bom.”

Apesar da execução do novo elemento, Rebeca não fez uma boa apresentação no solo. Essa é a avaliação de Georgette Vidor, coordenadora da seleção brasileira feminina de ginástica artística. “Acabou acertando o resto da prova depois da queda, mas sem emoção, mesmo com a música da Beyoncé, que todo mundo conhece. Ela não esperava ter caído porque acertou no aquecimento, teve hoje um pouco de descontrole emocional.”

O aspecto psicológico é a maior preocupação de Georgette em relação à jovem de 17 anos. Para “apostar” na brasileira no individual geral, a coordenadora da equipe explica que precisava vê-la um pouco mais segura. “Ela seria a nossa ginasta com mais chances porque tem provas mais altas, mas ainda vejo nela um pouco de medo da competição.”

A preocupação de Georgette no solo também envolve as outras ginastas. “Passamos mal nesse aparelho, fiquei um pouquinho preocupada”, admite. A coordenadora dirá suas impressões para os técnicos, que têm o papel de conversar com as atletas. Com as ginastas mais próximas, como Daniele Hypolito, ela se sente à vontade para dar conselhos. “Eu não falo nada para a Rebeca porque ela não gosta”, explica. A equipe tem até domingo, às 14h30, para corrigir as falhas e estar pronta na estreia nos Jogos Olímpicos.