Esportes

Com pouco tempo para treinos, Tite aposta alto na 'gestão de pessoas'

Em sete partidas nas Eliminatórias da Copa foram sete vitórias e atuações muito convincentes para quem tem pouquíssimo tempo para conviver e treinar o elenco antes de cada compromisso

Com pouco tempo para treinos, Tite aposta alto na ‘gestão de pessoas’ Com pouco tempo para treinos, Tite aposta alto na ‘gestão de pessoas’ Com pouco tempo para treinos, Tite aposta alto na ‘gestão de pessoas’ Com pouco tempo para treinos, Tite aposta alto na ‘gestão de pessoas’
Tite procura passar confiança, entender a forma como jogam no clubes e incentiva a busca por aperfeiçoamento  Foto: Divulgação

Ser apenas técnico é pouco. É preciso ser gestor de pessoas. Essa habilidade é uma das virtudes de Tite no comando da seleção brasileira, na opinião dos próprios jogadores do time. Em sete partidas nas Eliminatórias da Copa foram sete vitórias e atuações muito convincentes para quem tem pouquíssimo tempo para conviver e treinar o elenco antes de cada compromisso.

Os nove meses do treinador na seleção brasileira ofereceram a Tite o desafio de não ter o cotidiano de quem estava acostumado a trabalhar em clube. Os treinos diários, a chance de conversar com cada atleta e ter jogos em sequência fazem falta à rotina dele. Para solucionar essa pendência, o comandante procura telefonar para os jogadores e viajar a fim de acompanhar partidas em estádios, para se manter em contato com esse ambiente de competição.

Quando fala com os atletas por telefone, Tite procura passar confiança, entender a forma como jogam no clubes e incentiva a busca por aperfeiçoamento físico, inclusive com a contratação de profissionais para auxiliar no condicionamento e na alimentação. “Os jogadores entenderam a necessidade de estar comprometidos. Todos se apresentaram à seleção muito bem, com baixíssimo porcentual de gordura”, atestou o técnico.

Nos dias de preparação para os jogos das Eliminatórias, Tite se preocupa bastante em se comunicar. Antes de enfrentar o Uruguai foram somente dois treinos com o elenco completo. A agenda apertada da seleção lhe obriga a investir em outras formas de ajeitar a equipe, não só com o trabalho de campo. “Conversamos muito para ficarmos organizados e aproveitarmos cada minuto dos treinos. Nossa seleção tem absorvido o que o Tite fala”, disse o zagueiro e capitão Miranda.

O treinador considera o time ainda em formação, por ter apenas sete partidas oficiais disputadas. Se somados os dias de preparação para cada um desses compromissos pelas Eliminatórias, a seleção brasileira da era Tite tem menos de um mês de convivência. A comissão técnica entende que pelo pouco tempo juntos, ainda não conseguiu conhecer todas as características de cada jogador.

“O Tite já conseguiu passar bem o que ele queria. Apesar de alguns jogadores saírem, sempre quem entra consegue manter o padrão”, ressalta o meia Renato Augusto, ex-comandado de Tite no Corinthians. Após a goleada por 4 a 1 sobre o Uruguai, o treinador afirmou que a maior satisfação da façanha era ter visto os atletas colocarem em prática a filosofia pedida. “No vestiário, todos comemoravam o desempenho e não o resultado. Os jogadores estão focados em jogar bem”, disse.