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Coreografia de bailarinos na abertura da Olimpíada vai desafiar a gravidade

Coreografia de bailarinos na abertura da Olimpíada vai desafiar a gravidade Coreografia de bailarinos na abertura da Olimpíada vai desafiar a gravidade Coreografia de bailarinos na abertura da Olimpíada vai desafiar a gravidade Coreografia de bailarinos na abertura da Olimpíada vai desafiar a gravidade

São Paulo

Uma das mais prestigiadas coreógrafas do mundo, a carioca Deborah Colker não é por acaso a diretora de movimento da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio. Basta analisar seu mais recente trabalho, VeRo, que já passou por São Paulo e pelo Rio. Trata-se basicamente da noção de espaço e de como resulta em algo contraditório o diálogo com o espaço. Trocando em miúdos, Deborah idealizou VeRo com movimentos artísticos que remetem à prática esportiva como veículo para a liberdade expressiva e orgânica, refletida no espírito olímpico.

Quem assistiu a VeRo vai reconhecer durante as apresentações na Cerimônia de Abertura alguns movimentos idênticos. Deborah gosta de flertar e desafiar a gravidade em coreografias que exigem um enorme preparo físico de seus bailarinos. Como no movimento que encerra VeRo, Roda, quando uma aparelho como esse, medindo 5 metros de altura, transforma o palco em uma espécie de parque de diversões.

Inspirada na rotação da Terra, Roda traduz a investigação constante que Deborah faz dos conceitos da física e da mecânica do movimento. E esse trabalho é um dos esperados entre os que serão mostrados ao público no estádio do Maracanã, na sexta-feira.

Outro trabalho deverá incluir na cerimônia de abertura uma espécie de montanha de ferro, na qual os bailarinos escalam até o cume e de lá deslizam até embaixo, um exercício sincronizado no qual o esforço de cada um é decisivo no equilíbrio do gasto de energia, ou seja, os movimentos de quem desce são imprescindíveis para a execução de quem sobe.

Para Deborah Colker, o espetacular está na agilidade humana e não apenas na parafernália eletrônica e pirotécnica. Ciente de que apresentará um trabalho para milhares de espectadores que estarão nas arquibancadas do Maracanã na sexta-feira, ela criou coreografias que, à distância, revelam o trabalho em conjunto de dezenas de pessoas no gramado.

EFEITO ESPECIAL – Para quem assistir pela televisão e, portanto, com direito a acompanhar detalhes, a coreógrafa preparou movimentos belos e aparentemente simples na execução, mas que, na verdade, desafiam a capacidade física de cada bailarino que, em um belo efeito especial, alcança a proeza de parar no ar, algo conquistado apenas pelos beija-flores e por Dadá Maravilha.