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Coronel Marinho promete mudança em critério de escolha de árbitros do Brasileirão

Coronel Marinho promete mudança em critério de escolha de árbitros do Brasileirão Coronel Marinho promete mudança em critério de escolha de árbitros do Brasileirão Coronel Marinho promete mudança em critério de escolha de árbitros do Brasileirão Coronel Marinho promete mudança em critério de escolha de árbitros do Brasileirão

Rio – Apresentado oficialmente nesta quarta-feira como novo presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, o Coronel Marinho afirmou que vai rever os critérios de escolha dos árbitros que participarão do sorteio para cada partida do Campeonato Brasileiro. O presidente anterior reunia árbitros de todas as divisões do futebol brasileiro para o sorteio.

“Não tem como acabar com o sorteio, que é estipulado pelo Estatuto do Torcedor. Mas precisamos evoluir, mudar para melhorar”, afirmou. O ex-árbitro Cláudio Cerdeira, que será um de seus assessores, foi mais incisivo: “Do jeito que está sendo feito é complicado. Fatalmente vai mudar (o critério de seleção dos árbitros)”.

Coronel Marinho afirmou que a “transparência” será a principal marca de sua gestão e que não hesitará em punir o árbitro que houver errado. Disse que também não defenderá o árbitro se considerar que ele agiu certo.

“A pressão (dos dirigentes quando se sentirem prejudicados pela arbitragem) sempre vai existir. O que temos que ver é se houve erro ou não, e que tipo de erro. Uma coisa é o erro que não altera o resultado da partida. Outra é o erro que interfere no resultado. É preciso ver por que o árbitro errou, se estava desatento, se estava mal posicionado. Isso depende de conversar com ele, ouvir o árbitro, que é um ser humano, passível de errar, e tem que ser tratado com respeito. Quando ele for punido, saberá o motivo”, afirmou Marinho.

O novo presidente da Comissão de Arbitragem disse não haver critérios objetivos de punição. “O tipo de punição vai depender do caso, teremos que avaliar o erro e o histórico do árbitro. Se for alguém experiente é uma coisa. Se for novato, a avaliação deve ser diferente. Quem estiver bem vai ter mais escalas (de jogos). Outros que não estiverem bem vão ter que estudar, se aprimorar. É uma questão de mérito”, afirmou.

Outra mudança imediata é que o árbitro sorteado para uma partida que por qualquer razão desista de apitá-la – por problema de saúde ou alguma questão pessoal, por exemplo – poderá pedir para ser substituído sem perder o dinheiro que receberia pela prestação de serviço. Antes, o juiz nessas condições deixava de receber pagamento.

Por isso, a CBF avalia que alguns acabaram apitando mesmo sem condições psicológicas, para não perder a renda. “Agora isso acabou. Se o árbitro, por qualquer motivo, não se sentir em condições de apitar, poderá ser substituído sem perder a renda”, anunciou a ex-árbitra Ana Paula Oliveira, outra assessora de Marinho.