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Corredora capixaba é a melhor brasileira na Maratona de Londres

A Maratona de Londres ficou marcada pelo novo recorde mundial feminino, batido pela queniana Peres Jepchirchir, e foi histórica também para uma corredora capixaba

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Foto: Acervo pessoal
Corredora capixaba Marina Passos Ramalhete foi a melhor brasileira na Maratona de Londres 

A Maratona de Londres ficou marcada pelo novo recorde mundial feminino, batido pela queniana Peres Jepchirchir com o tempo de 2h16min16. Mas a prova realizada no domingo (21) foi histórica também para outro personagem, a capixaba Marina Passos Ramalhete.

Natural de Vitória e moradora de Serra, ela foi a melhor brasileira na classificação geral da tradicional prova, uma das seis mais importantes maratonas do mundo, junto com Chicago, Boston, Nova Iorque, Berlim e Tóquio — são as chamadas “6 Majors”.

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Marina, 38 anos, completou os 42,195km de percurso em 2h54min04, quase 10 minutos à frente da segunda melhor brasileira na classificação geral, entre competidores amadores, Raquel Garcia, que fez 3h03min32. No total, 584 brasileiros correram a Maratona de Londres no domingo.

“Foram quatro meses e meio de preparação para esta prova, especificamente. Eu fazia triatlo, mas abandonei neste período pra me dedicar somente a essa corrida de longa distância. Meu treinador, Luiz Carlos Santos, montou todo o planejamento de treino pra esta prova. Eu treino com eles desde 2018, já tenho uma bagagem”, contou Marina.

Curiosamente, Londres não estava no mapa da corredora.

“Eu ganhei a inscrição em um sorteio em dezembro. Eu tava indo para a Maratona de Roterdã (Holanda), mas acabei alterando os meus planos”, revelou.

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Marina começou a correr em agosto de 2014, por questões de saúde. De lá para cá, já foram inúmeras provas, entre elas, 17 maratonas (42,195km). A capixaba já participou de cinco das “6 Majors”, faltando somente a Maratona de Nova Iorque na sua coleção particular.

Foto: Acervo pessoal
Marina com medalha da Maratona de Londres

Em 2022, ela já havia sido a melhor brasileira na Maratona de Boston.

“Em 2022, eu deveria ter corrido esta prova de Londres em outubro. Mas tive uma lesão e não pude correr. Agora fui sorteada e vim pra cá em 2024”, lembra.

Engenheira Eletricista, Marina chegou a Londres cinco dias antes da prova e conseguiu fazer dois treinos de adaptação ao clima.

“Cheguei na quarta-feira pra me adaptar ao clima, fiz dois treinos pra sentir a temperatura. Antes de sair do Brasil, tracei o planejamento e executamos conforme o planejado. Do mesmo ritmo que larguei, eu conseguir finalizar. Corri num ritmo constante, a temperatura tava ótima. No km25, o GPS do meu relógio se perdeu e eu não sabia o ritmo. Aí, fui muito na percepção do esforço, somente olhando as pessoas ao meu redor pra ver o ritmo”, contou.

O resultado da preparação certa foi a sua melhor marca pessoal em maratonas.

“Foi um ciclo bem legal, bem diferente e foi meu recorde pessoal. Em 2022, fiz 2h58min03 em Boston. Ontem (domingo), consegui bater 2h54min04 e tive a felicidade de me tornar a melhor brasileira da Maratona de Londres. Foi bem legal, um ciclo mais longo, mas bem prazeroso”, comemorou.

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Flávio Dias
Flávio Dias

Editor de Esportes

Jornalista formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com 24 anos de experiência na editoria de Esportes e em grandes coberturas como os Jogos Pan-Americanos do Rio-2007. Membro da banca de júri do Prêmio Melhores do Esporte 2024

Jornalista formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com 24 anos de experiência na editoria de Esportes e em grandes coberturas como os Jogos Pan-Americanos do Rio-2007. Membro da banca de júri do Prêmio Melhores do Esporte 2024