Esportes

De olho em Tóquio, Pia vê torneio nos EUA fundamental para crescimento da seleção

Depois de golear as argentinas na estreia por 4 a 1, o time comandado pela técnica sueca foi derrotado no domingo pelas anfitriãs por 2 a 0

De olho em Tóquio, Pia vê torneio nos EUA fundamental para crescimento da seleção De olho em Tóquio, Pia vê torneio nos EUA fundamental para crescimento da seleção De olho em Tóquio, Pia vê torneio nos EUA fundamental para crescimento da seleção De olho em Tóquio, Pia vê torneio nos EUA fundamental para crescimento da seleção
Foto: Daniela Porcelli/CBF

De olho na disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados em um ano por causa da pandemia do novo coronavírus, a seleção brasileira feminina de futebol está participando em Orlando, nos Estados Unidos, de um torneio amistoso com as donas da casa, Argentina e Canadá. Depois de golear as argentinas na estreia por 4 a 1, o time comandado pela técnica sueca Pia Sundhage foi derrotado no domingo pelas anfitriãs por 2 a 0.

Antes mesmo do término da competição – o Brasil enfrenta o Canadá nesta quarta-feira -, a treinadora se mostrou satisfeita com o nível de competitividade apresentado no Torneio She Believes até então. Segundo Pia, esse tipo de teste em alto nível é fundamental para o crescimento coletivo do grupo.

“Com esse jogo, com o último também (Argentina), assim como o próximo contra o Canadá, nós teremos algumas respostas. Estou muito feliz com a qualidade deste torneio, isso é muito bom para nós. Sabemos o que temos que trabalhar. Algumas partes do nosso jogo estão indo muito bem, especialmente quando estamos criando chances, tanto nos contra-ataques quanto na posse de bola no último terço do campo. Então pudemos mostrar para as jogadoras um jogo bem jogado”, afirmou a sueca.

“Olhando para frente, temos que nos atentar com a forma de nos defender e o nível de preparo físico. Temos mais alguns meses até as Olimpíadas, então estou desapontada porque perdemos e cedemos dois gols, mas ao mesmo tempo estou feliz porque temos o que melhorar após esse 2 a 0”, explicou a treinadora do Brasil.

Além de comentar sobre o desempenho coletivo da seleção, Pia também aproveitou para analisar alguns destaques individuais do Brasil – tanto na defesa quanto no ataque. Na retaguarda, a comandante elegeu a zagueira Rafaelle como a melhor atleta em campo. Já no comando de ataque, a técnica sueca elogiou a velocidade oriunda da conexão entre Ludmila e Debinha.

“Acho que a Rafa foi a melhor jogadora em campo. Ela foi muito bem defensivamente e também no ataque. Ela será muito importante para o nosso caminho até os Jogos Olímpicos. Também gosto de ter uma atleta canhota no sistema defensivo como a Tamires. Acho que as jogadoras de frente foram bem também, lembrando que estamos jogando contra atletas muito habilidosas, campeãs mundiais. É importante analisar outras defensoras, claro, para termos mais opções. É por isso que temos mais partidas no horizonte”, comentou Sundhage, antes de analisar o sistema ofensivo.

“A Ludmila criou boas chances porque é muito rápida. Acho que há espaço para melhora entre as duas, tanto a Ludmila quando a Debinha. Temos muitas opções nessa zona. Sabemos que com a Ludmila ganhamos bastante velocidade, ela é uma atacante forte. Se elas duas jogarem um pouco mais próximas, se conectarem mais, irão atuar ainda melhor juntas. É bem interessante observar essa dupla no ataque”, concluiu a técnica do Brasil.