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Decreto determina que Arena Pantanal, de Cuiabá, não será privatizada

Decreto determina que Arena Pantanal, de Cuiabá, não será privatizada Decreto determina que Arena Pantanal, de Cuiabá, não será privatizada Decreto determina que Arena Pantanal, de Cuiabá, não será privatizada Decreto determina que Arena Pantanal, de Cuiabá, não será privatizada

Cuiabá – A Arena Pantanal, de Cuiabá, não será privatizada ou terceirizada. Pelo menos é o que deixa claro o decreto n° 643 publicado na última quinta-feira no Diário Oficial do Estado. Além de definir as regras de gestão e de utilização das áreas externas e internas da Arena, o decreto esclarece que a coordenação e gestão serão da Secretaria de Estado de Gestão. O valor da obra foi R$ 570,1 milhões. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Cidades, o estádio ainda não foi totalmente concluído, com obras em 98,62% de execução.

O uso dos espaços internos e externos da Arena Pantanal ganharam bastante visibilidade com o início de um evento denominado “Vem pra Arena” a partir do segundo semestre de 2015. O evento é gratuito e mescla atividades culturais e esportivas e uma feira gastronômica além de shows musicais. Também tem sido palco de jogos. O ultimo foi a abertura do Campeonato Brasileiro de Futebol Americano, a Superliga Nacional, entre Cuiabá Arsenal e Corinthians Steamrollers. Em 2015 sediou vários jogos, entre eles um da Série A do Campeonato Brasileiro, entre Cruzeiro e Corinthians.

De acordo com o decreto, as áreas poderão ser utilizadas para realização de eventos de natureza cultural, artística, esportiva, educacional, recreativa, cívica, religiosa e turística, e também para a realização de congressos, feiras, exposições e eventos similares, podendo ainda ser realizado mais de um evento ao mesmo tempo, desde que não sejam concorrentes entre si.

Podem requerer o espaço, empresas públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, mediante termo de autorização de uso e o pagamento de aluguel. O valor poderá chegar a até 8% da renda bruta do evento e o pagamento será feito em favor do Tesouro do Estado mediante Documento de Arrecadação (DAR).

INTERDIÇÕES – O estádio que sediou quatro jogos da Copa do Mundo de 2014 tem sido motivo de brigas judiciais entre o governo do Estado e a construtora Mendes Junior. A empresa alega que tem dinheiro a receber e o Estado diz que já pagou toda a obra.

Nestes dois anos, desde a Copa, a Arena sofreu diversas interdições. A primeira, pouco mais de seis meses após a Copa, foi para execução de obras de reparo, pelo governo. A última interdição aconteceu em julho deste ano. Uma liminar expedida pela juíza da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular, Célia Regina Vidotti, determinou o bloqueio de mais de R$ 28 milhões da empresa Mendes Júnior (responsável pela construção da Arena Pantanal) até que ela retorne as obras para finalização da praça esportiva.

Em sua decisão, a juíza fez críticas à empreiteira e ao governo de Mato Grosso. Segundo ela, a “a atuação do Poder Público Estadual frente à execução do contrato da obra da ‘Arena Pantanal’ foi, no mínimo, de negligência e até certa irresponsabilidade ao não atuar de modo incisivo e, se fazer presente em todas as etapas de obra tão vultosa”. A manutenção custa aos cofres públicos R$ 600 mil mensais.