Esportes

Depois de liminar, CEO da Match deixa presídio no Rio

Depois de liminar, CEO da Match deixa presídio no Rio Depois de liminar, CEO da Match deixa presídio no Rio Depois de liminar, CEO da Match deixa presídio no Rio Depois de liminar, CEO da Match deixa presídio no Rio

Rio – O CEO da Match, Raymond Whelan, beneficiado por uma liminar concedida na última terça-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF), deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona norte do Rio, às 14h40 desta quarta. Com os cabelos raspados – como é de praxe para todo preso no sistema carcerário do Rio -, o executivo inglês saiu do presídio acompanhado de advogados do escritório de seu defensor, Fernando Fernandes.

Whelan é acusado de ser o principal fornecedor do milionário esquema de venda ilegal de ingressos da Copa do

Mundo desarticulado pela “Operação Jules Rimet”, da polícia civil e do Ministério Público do Rio. Ele estava preso em Bangu desde 14 de julho, um dia após a final da Copa, quando se entregou após passar cinco dias foragido.

Dos 12 acusados de envolvimento na quadrilha, dois agora estão soltos: Whelan e o advogado paulista (ex-empresário do jogador Elano) José Massih, que já respondia em liberdade. O franco-argelino Lamine Fofana, de 57 anos, apontado pela polícia como o líder da quadrilha, continua preso em Bangu.

Na decisão proferida de sua casa, em Brasília, às 10h30 de terça (mas divulgada somente à tarde pelo STF), o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, afirmou que o inglês deve permanecer no Rio e atender à Justiça sempre que solicitado. O passaporte do CEO da Match está detido no Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).

Como a decisão se trata de uma liminar, ainda cabe recurso, desde que o Ministério Público queira por exemplo entrar com um agravo contra a decisão. O MP-RJ ainda informou se pretende recorrer. O mérito do habeas corpus (conteúdo do pedido) ainda tem de ser analisado pela turma do STF, que só se reúne às terças-feiras – e nada garante que o caso seja incluído já na pauta da semana que vem.

A defesa de Whelan informou que vai trabalhar agora para conseguir o arquivamento das acusações. Na decisão que libertou o inglês, Mello afirmou que o risco de uma possível fuga do Brasil não justifica a manutenção da prisão preventiva. “As fronteiras são quilométricas, a inviabilizar fiscalização efetiva. Todavia, essa circunstância territorial não leva à prisão de todo e qualquer acusado. Há meios de requerer-se a estado estrangeiro a entrega de agente criminoso, ou até, em cooperação judicial, de executar-se título condenatório no país em que se encontre”.