Rio –
Nestes poucos dias antes do início dos Jogos Olímpicos, desempregados esperançosos de conseguir trabalho temporário de última hora têm formado longas filas diante de postos montados por empresas de recrutamento e seleção de pessoal. Às 11 horas desta terça-feira, cerca de 150 pessoas aguardavam para se cadastrar e outras 200 já tinham sido atendidas, desde as 8h30, em um espaço alugado pela empresa Andrade’s na Avenida Venezuela, no centro. Os recrutadores buscavam 240 pessoas para trabalhar nas arenas de competições como auxiliar de serviços gerais com salário de R$ 1.125 no mês.
Gerente geral da Andrades’s, Anderson Silveira informou que os salários vão de R$ 1.125 a R$ 4 mil. “As necessidades variam, hoje estamos buscando principalmente pessoas que trabalhem na limpeza”, afirmou Silveira. Cada candidato deve levar documento de identidade, CPF e carteira profissional.
A expectativa de conseguir uma vaga depois de dois meses sem emprego levou Rose Iris Souza da Rocha, de 31 anos, pela segunda vez à fila da Avenida Venezuela. “Primeiro, deixei meu telefone e ontem me ligaram para voltar aqui com os documentos. Acho que, desta vez, vai sair uma vaga”, disse Rose, moradora da cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que levou as amigas Ana Cristina Santos Gomes, de 36 anos, e Érica Veloso, de 45.
“Dependendo do nosso desempenho, quem sabe não conseguimos depois continuar com o emprego?”, espera Rose. “Tenho uma amiga que está trabalhando na Olimpíada desde o começo, já tem quase um ano. Se tudo der certo, vai ser uma ótima oportunidade para quem está sem trabalho”, diz Ana Cristina.
O gerente da Andrade’s calcula que, desde junho, 30 mil candidatos foram cadastrados pela empresa e cinco mil conseguiram vagas para trabalhar até o fim dos Jogos.