Esportes

Dunga evita criticar suspensão, mas reclama de critério da arbitragem com Neymar

Dunga evita criticar suspensão, mas reclama de critério da arbitragem com Neymar Dunga evita criticar suspensão, mas reclama de critério da arbitragem com Neymar Dunga evita criticar suspensão, mas reclama de critério da arbitragem com Neymar Dunga evita criticar suspensão, mas reclama de critério da arbitragem com Neymar

Santiago – O técnico Dunga optou por ficar na defensiva. Não, não é na maneira pragmática de jogar da seleção brasileira e sim em relação à suspensão de Neymar. Ele procurou não atacar diretamente o Tribunal Disciplinar da Conmebol, dizendo que cabe ao departamento jurídico da CBF se posicionar. Apesar de contrariado, procurou se controlar. E disse que, caso a suspensão por quatro jogos seja mantida, caberá ao jogador decidir se permanece ou não com o grupo que disputa a Copa América.

Na entrevista concedida no final da manhã deste sábado no hotel em que a seleção brasileira está concentrada em Santiago, o treinador só foi mais incisivo ao criticar o cartão amarelo recebido por Neymar no jogo contra a Colômbia. Também reprovou a complacência dos juízes com a violência.

“Neymar levou 20 faltas violentas durante a partida e depois, numa situação de jogo em que estava desequilibrado, colocou a mão na bola e levou amarelo”, reclamou Dunga. “O amarelo deve ser dado a um jogador que meteu a mão na bola quando estava desequilibrado ou quem fez falta violenta? Isso eu pergunto a quem gosta de futebol.”

Mas ele evitou entrar no mérito da suspensão por quatro partidas ao craque – a CBF vai entrar com recurso para reduzir a pena. “A gente tem as pessoas no jurídico da CBD que vão fazer o contraponto das medidas que foram tomadas contra o Neymar”, explicou. “Não queremos nada a nosso favor nem nada contra nós. Queremos tudo parelho.”

Caso a punição seja mantida, Neymar estará fora da Copa América. Então, caberá ao jogador decidir se permanece com o grupo – é um dos líderes e capitão da equipe – ou se desliga para curtir suas férias.

“Ficar ou não depende do líder, do jogador. Cada pessoa tem uma reação. A decisão tem de ser tomada pelo jogador”, disse Dunga. “Ele tem de sentir de que forma vai colaborar com o grupo ou se é melhor sair para não transmitir tristeza, amargura. A gente quer ter homens no grupo, não meninos. Homens que tomem decisões.”

Dunga prefere não acreditar que o momento político vivido pelos cartolas do futebol mundial, algo que atinge muitos dirigentes da Conmebol, possa ter influenciado o Tribunal Disciplinar – que teria sido rigoroso demais com Neymar para dar exemplo de austeridade. “Quero acreditar que não, deixar esse assunto para o setor jurídico da CBF. Vamos nos preocupar com o jogo com a Venezuela e achar soluções para nossa equipe.”