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Em resposta ao Palmeiras, FPF deixará de utilizar camarote no Allianz Parque

Em resposta ao Palmeiras, FPF deixará de utilizar camarote no Allianz Parque Em resposta ao Palmeiras, FPF deixará de utilizar camarote no Allianz Parque Em resposta ao Palmeiras, FPF deixará de utilizar camarote no Allianz Parque Em resposta ao Palmeiras, FPF deixará de utilizar camarote no Allianz Parque

A Federação Paulista de Futebol (FPF) resolveu contra-atacar e mostrar ao Palmeiras que o rompimento de relações diplomáticas, anunciado oficialmente pelo presidente do clube na última segunda-feira, é bilateral. A primeira medida, segundo apurou o Estado, será a entidade deixar de utilizar o camarote que tem à disposição no Allianz Parque.

A medida foi determinada diretamente pelo presidente da Federação, Reinaldo Carneiro Bastos. O espaço era utilizado para eventos corporativos promovidos pela entidade e pelo próprio mandatário quando ia acompanhar as partidas na arena.

A FPF não precisava pagar ao Palmeiras ou à WTorre, gestora do Allianz, nenhuma espécie de taxa fixa de manutenção. Apenas se quisesse realizar benfeitorias dentro do camarote, como instalar uma TV mais moderna, por exemplo – aí, sim, o custo ficava a seu cargo.

Durante a semana, a ordem dentro da Federação era de se manter em silêncio, mesmo diante das seguidas manifestações palmeirenses levantando suspeitas quanto à lisura da arbitragem na decisão do Campeonato Paulista, perdida para o Corinthians.

O clube alviverde solicitou ao Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) que abrisse inquérito para apurar se a equipe comandada pelo árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza recebeu ou não orientação externa para mudar a marcação de uma jogada – pênalti de Ralf em Dudu, inicialmente apontado pelo árbitro e cancelado depois de mais de sete minutos de paralisação.

O tribunal acatou o pedido e começará a colher depoimentos na terça que vem. Até o dia 23, terá de apresentar ou não denúncia baseado na investigação das provas. Na última quinta-feira, o procurador-geral do TJD, Wilson Marqueti Júnior, confirmou ao Estado que, se o Palmeiras conseguir provar a interferência externa, o resultado do dérbi será anulado.

O alvo principal da acusação palmeirense é o diretor de arbitragem da FPF, Dionísio Roberto Domingos. É ele a quem o clube acusa de ter orientado a equipe de arbitragem para mudar a marcação da jogada.

Até para evitar mais atritos e não alimentar a polêmica, a Federação se limitara a emitir nota negando a influência de seu diretor, rebatida imediatamente pelo Palmeiras, que questionou se a entidade teria coragem de buscar a verdade dos fatos ou estaria buscando alternativas para colocar panos quentes na situação.

O tom mais pesado da diretoria palmeirense não caiu nada bem na cúpula da FPF. A medida de Reinaldo Carneiro Bastos indica que a batalha entre os dois lados pode estar apenas começando.