Rio –
Michael Phelps conquistou de vez o público no Brasil. A cada aceno, a cada lágrima, a cada sorriso, a massa respondia com gritos e palmas. Na noite desta terça-feira, no Estádio Aquático Olímpico, ele foi aplaudido de pé por todos os presentes. Beijou sua mulher, pegou seu filho Boomer no colo e aumentou seus números olímpicos, que parecem inalcançáveis para qualquer outro atleta. “Eu não estou acreditando”, disse.
Com um desempenho fantástico, ele continuou sua saga em busca de recordes. Nesta terça, ele conquistou mais duas medalhas para sua coleção, ambas douradas, nos 200 metros borboleta e no revezamento 4×200 metros livre, prova que conquistou o tetracampeonato olímpico, assim como o companheiro Ryan Lochte. O supercampeão olímpico acumula agora 25 medalhas, sendo 21 de ouro, duas de prata e duas de bronze.
Na piscina do Estádio Aquático Olímpico, ele vem ampliando suas façanhas. Sempre que o locutor anuncia seu nome para uma prova, todos vibram, independentemente de serem norte-americanos. A popularidade do atleta ultrapassa fronteiras e ele, após bater a mão à frente dos rivais, comemora com muita vibração diante do público.
Nesta noite, ele nadou duas vezes. A primeira, nos 200m borboleta, foi a primeira vitória individual dele no Rio. O resultado foi bastante significativo para ele, pois em Londres-2012 ele perdeu o ouro para o sul-africano Chad Le Clos e ficou com a prata.
Já o revezamento 4×200 metros livre começou pouco mais de uma hora depois da conquista de seu ouro. Antes, ele teve inclusive de ir ao pódio receber sua premiação. Enquanto esperava a entrega, aproveitava para se alongar para a prova que viria pouco depois. Se mostrava bastante emocionado, com os olhos cheios de lágrimas. Depois foi se preparar para entrar em ação.
Phelps foi o quarto a entrar na água. Ryan Lochte entregou para ele com uma confortável vantagem de quase dois segundos para os japoneses. O norte-americano parecia não sentir o cansaço e até ampliou a vantagem. Nos últimos 50 metros, os torcedores se levantaram e viram mais um ouro da lenda.
O time norte-americano, que teve ainda Conor Dwyer e Francis Haas, bateu na frente com o tempo de 7min00s66. Os britânicos chegaram quase três segundos depois, com 7min03s13. E os japoneses, que celebraram muito o bronze, marcaram 7min03s50.
Quem também continua fazendo história no Rio de Janeiro é a norte-americana Katie Ledecky. Ontem, ela ganhou mais um ouro, desta vez nos 200 m livre. Ela marcou 1min53s73, à frente da favorita sueca Sarah Sjostrom, que anotou 1min54s08.
“A minha estratégia é sempre bater a mão no bloco antes das outras adversárias”, brincou. Nas semifinais, ela ficou atrás da sueca, mas sabia que poderia ir melhor na decisão. “É sempre a final que conta”, explicou a atleta, que pode repetir um feito que não ocorre desde os Jogos de 1968, quando Debbie Meyer ganhou as provas de 200m, 400m e 800m livre.
Já é o terceiro pódio de Ledecky nos Jogos Olímpicos. Ele também ficou em primeiro lugar
nos 400m livre, quando ainda de quebra bateu o recorde mundial, e ela já obteve uma medalha de prata no revezamento 4x100m livre. No Rio, a atleta ainda vai competir nos 800m livre, prova que deve vencer com grande folga.
Já Katinka Hosszu ganhou sua terceira medalha de ouro na Olimpíada. Ela conquistou os 200m medley em uma prova que liderou do começo ao fim. Antes, no Rio, já havia vencido os 100m costas e os 400m medley. Ela abriu mão da disputa dos 200m borboleta, mas ainda pode obter mais um pódio nos 200m costas.