Rio –
Após três jogadores terem sido vetados da Olimpíada por suspeita de doping, o técnico da seleção russa feminina de vôlei classificou a decisão de “política”. Para Yury Marichev, a decisão é “estranha” e negativa para o “movimento olímpico”. O Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu barrar jogadores russos após testes indicarem que atletas de diversas modalidades usavam substâncias ilícitas estimulados pelo próprio governo russo.
“Não é muito bom para o movimento olímpico e é um pouco estranha a situação, não gostamos disso. Uma grande parte dessa situação é política”, resumiu Marichev, em entrevista coletiva após participar de reunião com todos os técnicos de vôlei que participam da competição no Rio.
O treinador indicou ainda que a decisão prejudica jogadores que não tinham envolvimento com o escândalo, revelado por atleta da própria delegação russa. “Conheço vários atletas russos que estão limpos e que infelizmente não puderam participar desta Olimpíada. Isso não é correto”, completou.
Os testes realizados pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) encontraram substâncias ilícitas no sangue dos ponteiros Aleksandr Markin e Lukas Divis e do meio de rede Dmitriy Muserskiy. Durante as investigações, chegou-se a cogitar que toda a seleção masculina de vôlei da Rússia fosse cortada da competição. A equipe é a atual campeã olímpica.
As seleções masculina e feminina da Rússia integram o mesmo grupo das seleções brasileiras na primeira etapa de competições, que começa no sábado. Para o treinador, ainda é cedo para falar em favoritismo. “Os Jogos vão mostrar. De qualquer forma, o time russo vai buscar a medalha de ouro”, completou.