
O Espírito Santo pode voltar a ter uma equipe profissional no cenário do basquete brasileiro já na próxima temporada. A possibilidade seria pela Liga Ouro, a divisão de acesso do Novo Basquete Brasil (NBB), que é a principal competição de clubes do País.
O Cetaf/Vila Velha é o clube capixaba que se mobiliza para devolver o basquete do Estado às principais competições profissionais, o que já aconteceu com o próprio Cetaf e com o Saldanha da Gama, que disputaram o NBB entre 2008/09 e 2013/14.
A novidade foi discutida em reunião na última quarta-feira (5) em São Paulo (SP), na sede da Liga Nacional de Basquete (LNB), que contou com 25 representantes de clubes, além de representantes da Confederação Brasileira de Basquete (CBB).

Liga Ouro de fevereiro a maio de 2026
O encontrou discutiu a Liga Ouro 2026. LNB e CBB detalharam o processo de unificação entre o Campeonato Brasileiro Masculino Adulto e Liga Ouro, que será o único caminho para os clubes que almejam disputar a elite do basquete nacional.
Agora, os clubes interessados têm até o final de novembro para enviarem o documento de pré-inscrição e, posteriormente, toda a documentação exigida pela Liga, como comprovações financeiras e estruturais, que também são exigidas no NBB. Depois disso, as taxas de inscrição deverão ser pagas até a primeira semana de dezembro.
A Liga Ouro 2026 tem previsão de início em fevereiro e término em maio de 2026.
CEO da Liga animado com retorno do Cetaf
O Cetaf/Vila Velha é um dos clubes fundadores da Liga Nacional de Basquete (LNB) e do Novo Basquete Brasil (NBB) e foi representado no encontro de quarta-feira pelo ex-jogador e atual diretor Felipinho Azevedo.
O provável retorno do clube do Espírito Santo ao basquete profissional deixou animado o CEO da Liga Nacional de Basquete, Sérgio Domenici.
“São muitos aspectos importantes para o retorno. O Cetaf é um dos fundadores da Liga Nacional de Basquete, foi uma das instituições que acreditaram no movimento de renovação e investiu nisso. Resgatar uma equipe como o Cetaf é muito importante para todo o movimento. Em segundo lugar, a relevância do Estado. O Espírito Santo é uma terra com muitas empresas grandes, com posição estratégica muito boa para logística e tradição de formar grandes atletas, como os irmãos Varejão e o Didi, além de um trabalho muito forte na base. Seria um ganho muito grande para o basquete brasileiro”
Sérgio Domenici, CEO da Liga Nacional de Basquete

O dirigente ainda destacou o trabalho das pessoas à frente do projeto, como o fundador do Cetaf, Luiz Felipe Azevedo, um dos maiores cestinhas da história do basquete brasileiro e jogador da seleção brasileira nas Olimpíadas de Seul-1988.
Cetaf manteve-se ativo nas categorias de base
O Cetaf/Vila Velha manteve-se no cenário nacional, porém, nas categorias de base. O time tem 1.600 crianças e jovens no seu quadro de atletas. Em 2022, começou a disputar a Liga de Desenvolvimento do Basquete (LDB) com a equipe sub-22. Agora, a meta é ter novamente um time profissional.
“A gente veio subindo de forma estruturada, com os meninos disputando a LDB, ganhando idade, experiência e condições técnicas e físicas. O trabalho foi feito para, agora, voltarmos ao adulto com uma base mais sólida e estruturada”, explicou Felipinho.

Primeiro jogo da história do NBB foi no ES
A Liga Nacional de Basquete foi criada em 1º de agosto de 2008 e organizou, então, o NBB, que nasceu com a chancela da CBB. A primeira edição foi disputada em 2008/2009 e o primeiro jogo da história do campeonato aconteceu no Espírito Santo, entre Cetaf/Vila Velha e Araraquara, no dia 28 de janeiro de 2009, no Ginásio Tartarugão, em Vila Velha.
A primeira edição do NBB teve dois clubes capixabas: Cetaf/Vila Velha, que teve uma campanha de 10 vitórias e 18 derrotas, e Saldanha da Gama, que venceu quatro jogos e perdeu 24.
O Cetaf/Vila Velha disputou todas as edições, de forma consecutiva, até a temporada 2013/14, a sua última na competição, já como Espírito Santo Basquete. Já o Saldanha jogou pela última vez na temporada 2010/11, como Vitória Basquete.