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Extinta, autarquia que administra arenas olímpicas no Rio fica no limbo

Extinta, autarquia que administra arenas olímpicas no Rio fica no limbo Extinta, autarquia que administra arenas olímpicas no Rio fica no limbo Extinta, autarquia que administra arenas olímpicas no Rio fica no limbo Extinta, autarquia que administra arenas olímpicas no Rio fica no limbo

Criada como uma “autarquia federal temporária” no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), a Autoridade de Governança do Legado Olímpico (Aglo) acabou oficialmente no último domingo e agora funciona em uma espécie de limbo. Enquanto não tem o seu futuro definido, a entidade que cuida de quatro instalações no Parque Olímpico da Barra, na zona oeste do Rio de Janeiro, está momentaneamente sob a gestão do Ministério da Cidadania.

A Secretaria Especial do Esporte, vinculada ao ministério, informou em nota que, por ora, “a gestão e a destinação do legado olímpico passam a ser incumbência do Ministério da Cidadania, com os mesmos encargos da autarquia extinta”. A pasta trabalha em conjunto com o Ministério da Economia para definir a gestão da Aglo nos próximos meses. O novo projeto prevê “tanto a operação e a manutenção das arenas quanto o processo de desestatização do Parque Olímpico da Barra”.

Instalada no Parque Olímpico, a Aglo era responsável pelas Arenas Cariocas 1 e 2, pelo Velódromo e pelo Centro de Tênis. Ao ser criada, em 2017, ela teve o seu prazo de extinção definido para 30 de junho deste ano. A intenção era de que, até essa data, fosse estabelecido um plano de uso de longo prazo para as arenas, com o estabelecimento de parcerias sólidas com a iniciativa privada. Ficou longe do previsto.

Enquanto não tem seu futuro definido, a autarquia vai funcionar quase que por inércia. Questionada pelo Estado sobre como ficam os contratos em vigor e a destinação dos funcionários, a Secretaria Especial do Esporte declarou que “todos os contratos, convênios e projetos sociais geridos até agora pela Aglo estão garantidos”.

No projeto para os Jogos Olímpicos do Rio-2016, a promessa dos organizadores e dos governos era de que as instalações esportivas, incluindo as que compõem o Parque Olímpico da Barra, seriam concedidas à iniciativa privada após a competição. Entretanto, nenhuma concorrência pública despertou interesse das empresas e o governo federal acabou assumindo parte da gestão das arenas.