Esportes

Favorita no vôlei de praia, Larissa diz que Rio-2016 deve ser última Olimpíada

Favorita no vôlei de praia, Larissa diz que Rio-2016 deve ser última Olimpíada Favorita no vôlei de praia, Larissa diz que Rio-2016 deve ser última Olimpíada Favorita no vôlei de praia, Larissa diz que Rio-2016 deve ser última Olimpíada Favorita no vôlei de praia, Larissa diz que Rio-2016 deve ser última Olimpíada

Rio

A Olimpíada do Rio de Janeiro deve ser a última chance da jogadora de vôlei de praia Larissa botar o ouro olímpico em seu currículo. Em entrevista nesta terça-feira, no centro de treinamento do Exército, na Urca, a atleta afirmou que não deve voltar a competir em Jogos Olímpicos depois do Rio, mas não deixou claro se vai se aposentar imediatamente após o grande evento.

“Essa pergunta é difícil. Mas acho que é a última. Vou encerrar e agora estamos pensando em fechar com chave de diamante”, disse Larissa. Aos 34 anos, ela afirma que o sonho de ser mãe foi adiado, mas que ainda pretende realizá-lo.

A disputa pela medalha no Rio-2016 será a terceira de Larissa e de sua dupla Talita. Ambas estiveram em Pequim-2008 e Londres-2012 com parceiras diferentes. Na última edição dos Jogos, há quatro anos, Larissa ficou com o bronze jogando ao lado de Juliana.

As brasileiras fizeram nesta terça o primeiro treino na quadra principal da Arena de Vôlei de Praia, em Copacabana, onde serão disputadas as partidas da modalidade. As duas estreiam no domingo, às 10h, contra as russas Ukolova e Birlova. Estão ainda no Grupo A as duplas Monika Brzostek/Kinga Kolosinska (Polônia), e Lauren Fendrick/Brooke Sweat (Estados Unidos).

Para Larissa, o grupo é equilibrado, o que deve garantir um bom ritmo de jogo na primeira fase. As duas pretendem encarar cada jogo como uma final. Por enquanto as brasileiras não esbarram com as americanas Kerri Walsh (tricampeã olímpica) e April Ross.

Em 2014, Larissa voltou para o vôlei de praia após um período parada, alegando estar cansada de ver as americanas Kerri Walsh e April Ross ganharem tudo. A meta era buscar a medalha de ouro em casa em 2016.

“Cada um tem as suas armas. Elas vão usar as delas e nós, as nossas. Elas não são tricampeãs olímpicas (em duplas distintas) à toa”, disse. Em julho as brasileiras fecharam o ciclo olímpico com chave de ouro, vencendo as rivais americanas. “Mas favoritismo a gente só vê dentro de quadra”, disse Larissa.

Juntas desde julho de 2014, Larissa e Talita já fizeram 232 jogos, nos quais tiveram 213 vitórias, conquistando 26 títulos. As duas foram bicampeãs do Circuito Brasileiro (14/15 e 15/16), ficaram em segundo lugar no ranking do Circuito Mundial no ano passado.

As duas estão concentradas na Urca junto com outras duplas do vôlei, à exceção de Alison e Bruno Schmidt, que estão na Vila Olímpica. “A Vila é muito bacana, mas é longe da nossa arena. Aqui podemos ficar concentradas com toda a equipe e manter nossa rotina”, afirma Talita.

WALSH E ROSS – Na manhã desta terça-feira, as americanas Walsh e Ross falaram com jornalistas em entrevista no Parque Olímpico. Walsh contou que será sua primeira experiência olímpica jogando em uma praia natural. A jogadora brincou sobre os torcedores brasileiros. “Como não falamos português vamos fingir que estão torcendo por nós”, disse.

A companheira de dupla April Ross avaliou a competição como extremamente equilibrada, destacando o desempenho de países como Brasil, Alemanha e Canadá, além da evolução de Argentina e Polônia.

As atletas tiveram problemas com o voo de conexão de Miami para o Rio. Após um atraso na saída, elas ficaram sem assento. A previsão de voo era apenas para o dia 6, o que as faria perder a cerimônia de abertura, na sexta-feira, mas a situação acabou se resolvendo. Medalha de prata em Londres, sua primeira Olimpíada, April Ross disse estar mais a vontade nos Jogos do Rio. “Me sinto como se já tivesse estado aqui antes”, afirmou.