Rio –
A Federação Russa de Levantamento de Peso recorreu nesta segunda-feira à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) sobre a decisão da Federação Internacional da modalidade (IWF) de excluir o país da disputa deste esporte nos Jogos Olímpicos.
Até agora, os oito levantadores de peso russos estão fora da Olimpíada e sequer poderão ser substituídos por outros, diferentemente do que normalmente acontece com um país que tem um competidor específico suspenso dos Jogos por um ou outro motivo.
E mesmo que a apelação dê certo, dois deles devem seguir afastados, pois já haviam sido excluídos pelo Comitê Olímpico Russo (ROC, na sigla em russo). Os atletas russos têm sido avaliados caso a caso após o escândalo de doping no país.
A Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) revelou um esquema de doping sistemático no esporte russo, que contava até com aval e apoio de autoridades do governo. O atletismo foi a primeira modalidade descoberta, mas a entidade também constatou irregularidades em outros esportes. Por isso, pediu o banimento total da Rússia na Olimpíada.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) não acatou o pedido, mas impôs restrições à participação dos russos no Rio de Janeiro. Na prática, a entidade “terceirizou” para as federações esportivas de cada modalidade a decisão sobre liberar ou não os atletas russos.
Para tanto, o COI determinou que as federações devem excluir qualquer esportista previamente flagrado em exame antidoping ou que foi implicado no relatório divulgado pela Wada – que detalhou o encobrimento de casos de uso de substâncias proibidas.
Algumas federações adotaram uma linha dura, com a exclusão total (caso do atletismo) ou de grande parte da equipe russa de eventos como remo, canoagem e natação. Outros esportes, como judô e tênis, permitiram que todos possam competir.