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Fifa reitera confiança em tecnologia da linha do gol

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Rio – A Copa do Mundo do Brasil será a primeira da história que utilizará a tecnologia para auxiliar os árbitros em lances duvidosos na linha do gol. Um sistema com sete câmeras voltadas para cada uma das metas e instaladas na cobertura dos 12 estádios irá informar ao árbitro em menos de um segundo se a bola cruzou a linha fatal ou não.

O uso da tecnologia da linha do gol (TLG) passou a ser discutido na Copa da África do Sul, quando dois lances causaram polêmica. No mais grave deles, Frank Lampard marcou aquele que seria o gol de empate da Inglaterra contra a Alemanha, mas o árbitro uruguaio Jorge Larrionda não viu a bola cruzar a linha e mandou o jogo seguir. O outro lance aconteceu na partida entre Itália e Eslováquia.

“O árbitro, na maioria das vezes, não vai ter o melhor ângulo para ver se a bola entrou ou não. O mesmo vale também para as câmeras de TV”, disse Johannes Holzmüller, chefe do grupo do Programa de Qualidade da Fifa. “O olho humano consegue captar apenas 16 imagens por segundo, e de apenas um ângulo. Já essa tecnologia é capaz de captar 500 imagens por segundo e de diversos ângulos”, explicou.

As câmeras estão distribuídas em várias partes do estádio a partir do meio-campo, incluindo uma atrás do gol. Quando a bola cruza a linha, o árbitro recebe a confirmação no relógio – não é o mesmo que ele utiliza para cronometrar o jogo.

As imagens captadas pelas câmeras são enviadas a um servidor próprio instalado no estádio, que automaticamente remete a informação para o relógio do árbitro. O processo todo, de acordo com a GoalControl, empresa alemã responsável pelo sistema, leva menos de um segundo.

“Esse sistema não pode ser manipulado, porque trabalhamos offline (sem conexão via internet). Apenas os árbitros recebem a informação”, garantiu Dirk Broichhausen, CEO da empresa.

Atualmente, a Fifa reconhece a tecnologia de três empresas no mundo para a aplicação do sistema. Uma delas utiliza um sistema de campo magnético nos gols e um chip na bola. Os outros dois – incluindo o que será usado na Copa – é feito através de câmeras. Qualquer bola pode ser utilizada. No Mundial a margem de erro, garantem os técnicos da GoalControl, é de no máximo 1,5 cm.