Opinião

Fim de uma era: Alison Mamute está entre os melhores de todos os tempos

Campeão olímpico, Alison encerra a carreira no vôlei de praia e deixa legado dentro e fora das quadras

Leitura: 4 Minutos
Alison Cerutti. Vôlei de Praia. Olimpíada Rio 2016. Medalha de ouro
(Foto: Miriam Jeske/COB)

Não é fácil chegar ao topo. Muito menos, permanecer por lá por tanto tempo. E fica ainda mais difícil numa modalidade na qual o Brasil foi referência mundial por décadas seguidas. Mas Alison chegou, ficou e virou ídolo.

Das areias da Praia de Camburi, em Vitória, para o mundo. Campeão de tudo, ídolo e referência para jogadores brasileiros e estrangeiros no vôlei de praia. Não é pouco. Não mesmo.

A “Era do Mamute” terminou no domingo (5), em Copacabana, palco da sua maior conquista: a medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio-2016 ao lado de Bruno Schmidt. A carreira termina, o legado continua.

Alison Cerutti. Mamute Despedida do Alison. Copacabana, Rio. 05/10/2025
Alison recebe homenagem pela carreira (Foto: Gianne Carvalho/MPG/CBV)

Futuro Hall da Fama

Alison Cerutti ganhou tudo no vôlei de praia. Olimpíada, Campeonato Mundial, Copa do Mundo, Circuito Mundial, Circuito Brasileiro, Rei da Praia… Certamente, será um futuro membro do Hall da Fama do Vôlei, que já tem os capixabas Loiola e Larissa França.

RIO DE JANEIRO 18/08/2016 - VOLEI DE PRAIA- ARENA DE COPACABANA - A dupla brasileira Alisson e Bruno vencem os italianos e conquistam a medalha de ouro. Alaor Filho/Exemlplus/COB
Alison e Bruno Schmidt com o ouro nos Jogos do Rio-2016 (Foto: Alaor Filho/Exemlplus/COB)

Eu coloco a dupla Alison/Bruno Schmidt no mesmo nível de importância que Ricardo/Emanuel tiveram para a divulgação e o crescimento do vôlei de praia. São, para mim, as duas maiores duplas do Brasil em termos de resultados, títulos, evolução do jogo, profissionalização das comissões técnicas e representatividade também fora das quadras, gerando aumento de visibilidade e patrocinadores (para eles e para outras equipes).

Todas as características de um ídolo

Como se mede a idolatria? Número de títulos? Tempo de carreira em alto nível? Postura dentro e fora das áreas de competição? Carisma? Seja qual for a métrica, Alison Cerutti “gabaritou” todas!

Alisson Cerutti interage com a torcida na Olimpíada do Rio (Foto: Saulo Cruz/Exemplus/COB)

Além de ganhar tudo na quadra, sempre foi um cara atencioso com os fãs, em qualquer lugar do mundo. Mas foi além e abriu portas também para novos jogadores, em treinos e torneios. Um exemplo de ídolo que merece ser seguido pelos atletas que ficam e por aqueles que vão, a partir desta segunda-feira (6), encarar a difícil missão de substituí-lo.

ES é gigante no vôlei de praia

O Espírito Santo é uma potência enorme no vôlei de praia. Daqui, saíram campeões e duplas importantes para a modalidade.

Aloizio Claudino, Loiola, Fábio Luiz, Alison, Bruno Schmidt, André Stein, Larissa, Lili, Elize Maia… a lista de quem já fez história é expressiva. E segue com quem vem por aí, como Vinicius e Thâmela, que estão na briga pelo título brasileiro da temporada no masculino e no feminino, respectivamente.

Flávio Dias
Flávio Dias

Editor de Esportes

Jornalista formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com 24 anos de experiência na editoria de Esportes e em grandes coberturas como os Jogos Pan-Americanos do Rio-2007. Membro da banca de júri do Prêmio Melhores do Esporte 2024

Jornalista formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com 24 anos de experiência na editoria de Esportes e em grandes coberturas como os Jogos Pan-Americanos do Rio-2007. Membro da banca de júri do Prêmio Melhores do Esporte 2024