Esportes

Fred pede apoio da torcida, mas detona violência de novo

Fred pede apoio da torcida, mas detona violência de novo Fred pede apoio da torcida, mas detona violência de novo Fred pede apoio da torcida, mas detona violência de novo Fred pede apoio da torcida, mas detona violência de novo

Rio – Com uma boa atuação e dois gols marcados na vitória por 4 a 0 sobre o Sport, no último domingo, no Maracanã, Fred deu uma resposta imediata aos torcedores que o perseguiram após a derrota por 1 a 0 para a Chapecoense, na rodada anterior do Campeonato Brasileiro. Indignado com a sequência ruim de atuações do atacante, torcedores de organizadas do clube pressionaram o jogador, que na última quinta chegou a dizer, por meio de uma rede social, que o time poderia fazer uma greve e não entrar em campo no domingo como forma de protesto.

E Fred aproveitou o seu bom desempenho e o da própria equipe contra o rival pernambucano para pedir pelo apoio dos torcedores na continuidade do Brasileirão. E o atacante agora espera que a equipe engate uma sequência de boas partidas, depois de ter entrado em declínio após a surpreendente derrota por 5 a 2 para o América-RN, em pleno Maracanã, que provocou a inesperada eliminação na Copa do Brasil.

“Tem de ser a hora de uma nova reação. O que a gente tem de fazer é se concentrar para não cometer os mesmos erros. A gente vinha de bons resultados, muitos elogios e um jogo que levamos uma virada incrível aqui trouxe todo tipo de coisa ruim para a gente. Depois daquele jogo, a partir dali foi só para baixo, para baixo, para baixo, e a gente estava tentando buscar essa nova reação. Ganhar com quatro gols dá um ânimo maior e a gente pode chamar novamente o torcedor para o nosso lado”, afirmou Fred, para depois voltar a reclamar de atitudes violentas por parte de alguns torcedores do Fluminense. “O torcedor pode cobrar. Mas ir em aeroporto e… A gente precisa até do apoio de vocês, quebrar carro, agredir jogador, não pode existir mais”, completou.

O atacante ainda lembrou que atos violentos cometidos por membros de torcidas organizadas viraram rotina pela própria impunidade, já que a falta de punições mais severas contra este tipo de torcedor colabora para isso.

“Aqui no Fluminense desde 2009 está assim. Aqui no Brasil é moda. Jogador não está bem, vamos dar porrada. Pode pressionar, vem aqui e vaia. Mas dar porrada, quebrar carro, jogar moeda, pedra, não tem como aceitar esse tipo de situação. Tem de acontecer e tem de ter força do MP (Ministério Público), da imprensa. Vai precisar de quê? Morrer um como aconteceu na Argélia? Não é a organizada, são alguns membros. Eles não me respeitam e eu não respeito a atitude deles”, ressaltou Fred, assegurando também que “joga tranquilo com pressão”.

“Pode ser perigoso para mim (enfrentar a fúria das organizadas)? Pode, mas como vou conviver com isso? Se eles não estão satisfeitos com os gols, estão no direito deles, pagaram ingresso. O clube tirou ingresso, dinheiro deles, porque sou contra isso, briguei mesmo, a diretoria comprou a briga comigo. A gente tem de matar isso pela raiz. Tem de cortar. Aconteceu, corta logo. Eu estou sendo um dos responsáveis porque estou batendo de frente, é uma evolução. Acho que nada é maior do que o clube, nem um jogador, nem um presidente, nem uma diretoria, mas as coisas erradas têm de ser bem claras. Hoje o clube depende desses jogadores e dessa torcida, a gente tem de caminhar juntos. Violência não vou aceitar nunca. Isso afeta o emocional do grupo de uma forma negativa”, enfatizou.