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Frieza garante Alisson como titular no gol da seleção brasileira de Dunga

Alisson ganhou a disputa com Jefferson depois de o goleiro do Botafogo não ter feito uma boa partida diante do Chile, na abertura das Eliminatórias

Frieza garante Alisson como titular no gol da seleção brasileira de Dunga Frieza garante Alisson como titular no gol da seleção brasileira de Dunga Frieza garante Alisson como titular no gol da seleção brasileira de Dunga Frieza garante Alisson como titular no gol da seleção brasileira de Dunga
Goleiro está garantido na equipe principal Foto: Estadão Conteúdo

Salvador – Mais de um ano depois de assumir a seleção brasileira e já ter convocado sete goleiros, o técnico Dunga parece que finalmente encontrou o seu titular para a posição. Nesta terça-feira contra o Peru, em Salvador, pela quarta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia, o escolhido será Alisson mais uma vez. É a terceira partida consecutiva que o jogador do Internacional começará atuando pelo Brasil.

Apesar da pouca idade – tem apenas 23 anos -, chamou a atenção da comissão técnica a frieza do goleiro diante da Argentina, na última sexta-feira, em Buenos Aires. “A pressão foi grande, mas ele suportou bem e ajudou bastante a defesa. Sabíamos da pressão da Argentina, a maneira como eles jogam. Quando não conseguem na bola, eles chegam junto, são catimbeiros”, disse Taffarel, preparador de goleiros do Brasil.

Alisson ganhou a disputa com Jefferson depois de o goleiro do Botafogo não ter feito uma boa partida diante do Chile, na abertura das Eliminatórias. No jogo seguinte, contra a Venezuela, Alisson foi titular e teve atuação segura, principalmente nas bolas aéreas. Contra a Argentina, o goleiro voltou a jogar bem. “Ele mostrou personalidade. É isso que temos de ter na seleção”, elogiou Taffarel.

O goleiro é visto no Rio Grande do Sul como um fenômeno. Até outubro do ano passado, era o terceiro da posição no Internacional. Agora, um ano depois, é titular da seleção brasileira.

A ascensão no clube começou após uma expulsão de Dida e uma lesão do irmão Muriel. Na seleção, ele teve sorte parecida. Além de Jefferson ter ido mal contra o Chile, o reserva imediato – Marcelo Grohe, do Grêmio – sofreu lesão no ombro durante os treinos. A vaga de titular contra a Venezuela, então, ficou para Alisson.

“É um momento de mudança na seleção que eu vejo como afirmação para mim. Sempre tive o pensamento de estar pronto para quando as oportunidades aparecessem porque a chance não avisa quando vai chegar. Foi assim no Inter e aqui na seleção acabou não sendo muito diferente”, disse o goleiro.

Ele trata com naturalidade a pressão de ser titular da seleção brasileira com apenas 23 anos. Diz já estar acostumado. “Goleiro cresce com cobranças desde as categorias de base. A gente é muito cobrado a não errar. É difícil chegar à perfeição, mas trabalho forte para chegar o mais perto possível. Eu me cobro muito também”.