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Georgette não poupa atletas da nova geração da ginástica mesmo após medalhas

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São Paulo – Flávia Oliveira, Rebeca Andrade e Lorrane Oliveira mal estrearam como “adultas” na ginástica artística, mas já têm que viver com a rotina de exigências. Na etapa de Copa do Mundo realizada em São Paulo no último fim de semana, experimentaram o apoio da torcida, a pressão por resultados e a frustração por erros. A juventude não reduz a exigência e nem ameniza a sinceridade da coordenadora da seleção, Georgette Vidor, ao analisar o desempenho da equipe no Ibirapuera.

“Acho que a Flavinha fez as provas melhores dela, fez uma boa performance, mas poderia ter ido até um pouquinho melhor. Minha frustração foi com a Lorrane. Não é a primeira vez que ela erra. Nessa prova, não poderia ter errado”, criticou Georgette, cerca de duas horas depois de a menina de 16 anos passar pela imprensa aos prantos por ter sido a última colocada na final do solo.

Flávia Saraiva foi a melhor da seleção feminina em São Paulo, mas teve falhas que podem custar ao Brasil uma vaga nos Jogos Olímpicos. Caiu da trave nas eliminatórias, sexta, e das barras assimétricas, na final de sábado. Reagiu no domingo com o ouro no solo e a prata na trave.

“A Flávia apresentou uma coisa que é fundamental na trave: capacidade de concentração. É um aparelho muito cruel e todos os elementos dela são de alta dificuldade”, elogiou a treinadora. “Os 15.100 é uma nota espetacular. Todo mundo vai ficar sabendo porque é nota que faz dela finalista olímpica.”

Revelada em um projeto social comandado por Georgette, Flávia vinha convivendo à sombra de Rebeca desde que obteve os primeiros bons resultados. No ano passado, quando Rebeca sofreu lesão no pé que a tirou dos Jogos Olímpicos da Juventude, Flavinha aproveitou a oportunidade para ganhar três medalhas na China: ouro no solo, prata na trave e no individual geral.

Rebeca, formada no Flamengo, agora é quem precisa correr. Em São Paulo, ganhou só uma medalha, de prata, no salto. “A Flávia tem a ambição. A Rebeca é muito talentosa, mas está faltando ela querer mais. Ela tem que chegar e falar: ‘Chega, vou mostrar o que sei'”, cobra a treinadora, como que provocando a garota, que na sexta-feira fará 16 anos, a mostrar por que desde os 12 anos é a ginasta mais completa do País.