Esportes

Ginástica se despede com ouros, recordes e muitos sorrisos

Rebeca Andrade conquistou mais uma medalha de ouro, desta vez na trave, e fez dobradinha com Flavia Saraiva, que igualou recorde de maior medalhista mulher do País em Jogos Pan-Americanos

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Foto: Ricardo Bufolin/CBG
Rebeca Andrade com a medalha de ouro na prova da trave nos Jogos Pan-Americanos de Santiago

A ginástica artística deu muitos sorrisos ao Brasil nesta quarta-feira (25) nos Jogos Pan-Americanos de Santiago. Rebeca Andrade conquistou a medalha de ouro na trave, em dobradinha com Flavia Saraiva, e Arthur Nory subiu no topo do pódio da barra fixa e fez a festa com Bernardo Miranda, que ficou com a prata. O País encerrou o dia com seis medalhas, e a competição com 14.

Campeã olímpica, campeã mundial no individual geral e bicampeã mundial no salto, com o mais recente feito conquistado na Antuérpia, no início deste mês, Rebeca disputou o Pan pela primeira vez e aumentou a sua galeria de conquistas. Um dia depois de comemorar o ouro no salto, ela totalizou 14.166 na apresentação da trave que lhe rendeu o topo mais uma vez.

Nem mesmo um deslize que quase provocou uma queda manchou a performance. Flavinha ficou a prata, com 14.033, e a canadense Ava Stewart garantiu o bronze, com 13.900. Rebeca se mostrou realizada com a sequência de competições importantes concluída com sucesso.

“Estou muito feliz e orgulhosa por ter conseguido vir para cá depois de um Mundial tão longo, de fazer boas séries, boas apresentações. Eu me senti preparada e confiante para fazer o que precisava. Foram ótimos os meus primeiros Jogos Pan-Americanos. Não tenho do que reclamar. Estou feliz demais. Senti muito carinho das pessoas, como sempre nas competições. Eu me senti bem e pude me divertir. Desde o Mundial, e até aqui também, eu estava muito feliz competindo. É isso que eu quero tirar de todas as competições. Estar feliz, saudável, com a cabeça no lugar, com o corpo bem, e toda a equipe orgulhosa”, afirmou Rebeca.

Nory é sensação entre o público chileno

Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Sensação entre o público chileno, Arthur Nory brilhou na barra fixa, com uma apresentação que valeu total de 14.333. Bernardo Miranda ficou em segundo, com 14.133, na outra dobradinha verde-amarela. O canadense Rene Cournoyer completou o pódio, com 14.066.

Mais cedo, Nory ficou com a prata no salto, com 14.466, em disputa vencida pelo dominicano Audrys Min Reyes.

“Muito feliz, muito contente! Estávamos bem desgastados com a sequência de campeonatos, mas ao mesmo tempo felizes de estarmos aqui nos Jogos Pan-Americanos, de buscarmos melhorar cada vez mais os nossos resultados e as medalhas. Em todos os aparelhos eu fui dando o meu máximo. A ginástica artística fez história e agora é comemorar e me preparar para as Copas do Mundo”, comemorou Nory.

Flavinha faz história

Outra estrela desta edição dos Jogos Pan-Americanos foi Flavia Saraiva, que animou a dobradinha brasileira na trave, com a prata, e fechou sua participação no Pan com cinco medalhas. Com isso, se tornou a maior medalhista mulher da história do Brasil em Jogos Pan-americanos, com 10 medalhas, mesma marca de Danielle Hypolito e Larissa Oliveira, da natação.

Foto: Ricardo Bufolin/CBG

“Eu estou me sentindo muito especial. Estou muito feliz. Foi uma das minhas melhores competições na vida. Esse ano está sendo incrível para mim. É especial conquistar medalha no Mundial e nos Jogos Pan-americanos. Acho que não tem desejo maior de um atleta do que esse”, disse a ginasta.

Flavinha lembra que passou por um período complicado devido a lesões nos últimos anos.

“Para mim, o mais importante este ano foi terminar bem, sem nenhuma lesão. Isso me dá confiança novamente. Foram dois anos seguidos de cirurgias, o que mexe com a nossa cabeça. Minha confiança está bem alta e pretendo fazer séries mais difíceis ano que vem”, completou Flavinha.

Flávio Dias
Flávio Dias

Editor de Esportes

Jornalista formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com 24 anos de experiência na editoria de Esportes e em grandes coberturas como os Jogos Pan-Americanos do Rio-2007. Membro da banca de júri do Prêmio Melhores do Esporte 2024

Jornalista formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com 24 anos de experiência na editoria de Esportes e em grandes coberturas como os Jogos Pan-Americanos do Rio-2007. Membro da banca de júri do Prêmio Melhores do Esporte 2024