
O golfe brasileiro entra, em 2025, com um dado que muda a forma como o esporte é visto no país e no universo do consumo premium. A temporada registra um calendário recorde, com mais de 70 eventos oficiais, incluindo 12 válidos para o ranking mundial amador (WAGR).
É o maior volume já registrado e consolida o golfe como um esporte em plena ascensão, cada vez mais associado a experiências exclusivas, sofisticação e estilo de vida.
Se antes o luxo era algo exibido nas vitrines, agora ele é vivido na prática. Está do campo, na grama impecável, no tempo desacelerado do fairway, já que as partidas costumam levar em média de 4 a 5 horas, considerando o formato e ritmo dos jogadores. O novo luxo não se compra, se experimenta.
O reflexo capixaba desse boom
No Espírito Santo, esse movimento nacional já é realidade no Clube Capixaba de Golf, que percebeu um aumento expressivo na procura por aulas, torneios e eventos sociais. A prática deixou de ser vista apenas como esporte e passou a ser entendida como um símbolo de status, conexão social, negócios e estilo de vida.
Para o presidente do clube, o economista, Neivaldo Bragato, que há 22 anos é adepto do esporte, o recorde de 2025 apenas confirma a evolução do esporte no Brasil.
“Pratico golfe três vezes por semana, mas cada ida ao campo é uma experiência exclusiva. O interessante é que é um esporte que pode ser praticado por qualquer pessoa em qualquer idade, ele permite que sejamos praticantes e não somente expectadores”, disse.
Bragato lembrou, ainda, que “a paixão pelo esporte tem crescido muito e que em todo mundo há mais de 40 milhões de esportistas praticando golfe, e isso vem se fortalecendo a cada ano”.
O sentimento também é compartilhado por Samuel Ribeiro, que encontrou no golfe mais do que lazer: encontrou business e pertencimento.
“O golfe exige tempo, calma e técnica, e isso hoje já é um privilégio. Fazer parte desse universo é especial.”
Estratégia e posicionamento
O momento é decisivo na visão do diretor de Marketing e Comunicação do Clube Capixaba de Golf, Moisés Coser, que acredita que 2025 marca um novo posicionamento para o esporte.
“Luxo não é ostentação. É oferecer algo único, seletivo e sofisticado. E o golfe está exatamente nesse lugar. Com campos impecáveis, equipamentos de alto nível e ambientes restritos, o golfe se fortalece como lifestyle, um ponto de encontro entre esporte, networking e relações sociais de alto padrão”, ressaltou Moises.
E é justamente nesse cenário que o Espírito Santo se prepara para o momento mais esperado da temporada.
Competição
No próximo sábado (29), o campo de Serra Sede recebe a grande final do Campeonato de Golfe, com cerca de 90 atletas na disputa pela tradicional Taça Presidente. Mais do que uma decisão esportiva, o evento representa a consolidação do Espírito Santo dentro desse novo contexto sofisticado e competitivo que o golfe vive no país.
A partida definirá o ranking capixaba nas categorias 0 a 8, 14 a 20 e 20 a 28 de handicap e encerra a temporada com um clima que mistura celebração, tradição e exclusividade.
A final tem patrocínio da Rede Vitória, que apoia iniciativas esportivas que fortalecem a comunidade e estimulam a prática do golfe no Espírito Santo. O evento também contará com uma confraternização após a rodada decisiva, celebrando os atletas e promovendo integração entre jogadores, famílias e convidados.
Para o diretor-executivo da Rede Vitória, Felipe Caroni, a final representa não apenas competição, mas união e compromisso com o esporte.
“Chegar à final da Taça Presidente é sempre um momento especial. Ver o campo cheio, com jogadores de diferentes níveis e categorias, mostra a cultura e potencial do golfe no Estado”, ressaltou Caroni.
Tradição
Moisés Coser traz uma reflexão importante sobre a imagem histórica do golfe e sua evolução ao longo dos séculos.
“Os materiais ficaram mais acessíveis, surgiram campos públicos e parte dos custos foram reduzidos. Mesmo assim, em muitos países, o golfe ainda é caro.”
Moises lembra que, com o tempo, o esporte se transformou, mas ele destaca um ponto essencial para o cenário brasileiro atual.
“Hoje, no Brasil, já existem escolinhas patrocinadas por empresas e fundações que dão oportunidade para mais pessoas conhecerem o esporte. Isso é muito positivo, porque amplia o acesso, sem perder a essência do golfe, que é técnica, respeito e sofisticação.”
Para Moises, o objetivo da final é oferecer uma experiência completa.
“Queremos que cada atleta viva algo especial, unindo integração, valorização da modalidade e um sentimento de pertencimento. Esta final coroa um ano de muito trabalho e conquistas.”




