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Governo indica que Júlio de Lamare ficará fora da Olimpíada

Governo indica que Júlio de Lamare ficará fora da Olimpíada Governo indica que Júlio de Lamare ficará fora da Olimpíada Governo indica que Júlio de Lamare ficará fora da Olimpíada Governo indica que Júlio de Lamare ficará fora da Olimpíada

Rio – O governo estadual do Rio indicou nesta quarta-feira a retirada do Parque Aquático Júlio de Lamare dos Jogos Olímpicos. As provas preliminares de polo aquático estavam marcadas para a instalação, que fica dentro do Complexo do Maracanã. Mas, devido aos altos custos de adequação do local, a sua utilização ficou desfavorável para a concessionária que administra o estádio, a Odebrecht, e que seria responsável pelo custeio. As finais devem ocorrer no Parque Olímpico da Barra.

“Há grande possibilidade de o Júlio de Lamare sair dos Jogos. Estamos estudando a transferência para Deodoro ou para a Barra”, revelou o secretário-chefe estadual da Casa Civil, Leonardo Espíndola, em entrevista nesta quarta-feira, na sede do Comitê Rio-2016. Neste caso, os custos para a sediar as provas preliminares seriam menores e ficariam sob responsabilidade do Comitê Rio-2016.

A expectativa é que fossem necessários R$ 60 milhões para readequar o Julio de Lamare de acordo com as exigências olímpicas. Mas caso a estrutura não seja utilizada na Olimpíada, o valor da reforma do parque aquático deve cair para R$ 30 milhões, com o objetivo de atender apenas a população.

A mudança ocorre em um momento de renegociação entre governo e a administradora do estádio para a manutenção da concessão. A Odebrecht reclama déficit na operação do Maracanã e propunha investir R$ 90 milhões no estádio para se manter no controle. Inicialmente, o governo estipulou o valor de R$ 180 milhões, mas após uma auditoria deve bater o pé em R$ 120 milhões – incluídos os custos das reformas -, segundo Espíndola.

A expectativa da Odebrecht quando assumiu a operação era poder construir centros comerciais onde atualmente ficam o Júlio de Lamare e o estádio de atletismo Célio de Barros. E, agora, alega ter prejuízo com a decisão do governo de manter as duas instalações. Ambas estão fechadas desde o período de reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014.