Esportes

Irã joga "final" contra Bósnia para tentar classificação

Irã joga “final” contra Bósnia para tentar classificação Irã joga “final” contra Bósnia para tentar classificação Irã joga “final” contra Bósnia para tentar classificação Irã joga “final” contra Bósnia para tentar classificação

Salvador – Apelidada de casa das goleadas da Copa do Mundo, a Fonte Nova passará por seu mais duro teste nesta quarta-feira, quando Bósnia e Irã entrarem em campo para fechar o Grupo F. Juntas, as equipes marcaram apenas um gol nos quatro jogos e vão contra a chuva de bolas na rede que caracterizaram a sede baiana. Foram 17 gols em três partidas.

É verdade que tudo indica que a aparente fonte inesgotável tem grandes chances de secar, mas como o Irã ainda tem boas chances de passar de fase – precisa vencer e torcer para que a Argentina bata a Nigéria no Beira-Rio por pelo menos dois gols de vantagem. Caso a Argentina vença por um, a decisão será no sorteio. Por outro lado, a Bósnia espera fazer uma despedida honrosa em sua primeira participação em Mundiais. Por estes fatores, ainda há esperança de um jogo bastante animado mesmo sem ter o apelo de grandes craques.

Se as ambições dos adversários são distintas, o discurso converge quando é para reclamar da arbitragem e ambos têm razão. A Bósnia teve um gol legal anulado de Dzeko contra a Nigéria quando a partida estava empatada (os africanos venceram por 1 a 0). Já o Irã reclama de pênalti de Zabaleta em Dejagah contra a Argentina – os sul-americanos só conseguiram confirmar a vitória por 1 a 0 no último lance, com Messi.

“Infelizmente os árbitros interferiram com erros grosseiros nos jogos. Nossa equipe poderia ter quatro pontos, a Argentina só três, mas espero que nesta quarta as duas equipes possam jogar um bom futebol e a arbitragem esteja à altura do jogo e não interfira, como foi feito até aqui”, disparou Carlos Queiroz, técnico do Irã. O discurso foi repetido pelo colega bósnio, Safet Susic. “Infelizmente, se os árbitros tivessem tomado decisões mais lógicas, talvez jogássemos pela vaga.”

Do lado bósnio, a frustração pela eliminação precoce ficou evidente desde a chegada da delegação a Salvador. O time reduziu a carga de treinos e os jogadores não disfarçam o abatimento. Susic chegou a dizer que via a equipe como segunda força do grupo, atrás apenas da Argentina. Agora, os jogadores esperam ao menos conquistar uma vitória para apagar qualquer má impressão que possa ter ficado e prometeram muita dedicação. “Quem acha que entraremos em campo como turistas está enganado, vamos mostrar armas do nosso arsenal que infelizmente ainda não foram apresentadas até agora”, disse o zagueiro Emir Spahic.

CAUTELA – Mesmo podendo conquistar a inédita vaga, o técnico Carlos Queiroz não deve mudar a forma de jogo do Irã. Assim, deve-se esperar um time bastante fechado na defesa, tentando explorar os contra-ataques.

“É importante não perder o senso de realidade. Nosso adversário tem jogadores com experiência internacional. Nos últimos jogos criamos oportunidades e poderíamos ter vencido, especialmente contra a Argentina”, analisou.

Apesar da cautela, o técnico não esconde a esperança de conquistar a vaga. “Quando chegamos aqui ninguém falava de nós. Jogaremos uma “final” de Copa do Mundo. As pessoas falavam que era impossível, mas deixem-nos sonhar.”