Esportes

João Doria se reúne com Haddad para definir futuro do autódromo de Interlagos

O futuro prefeito ainda não revelou detalhes sobre o intuito de privatizar o local. Pelos cálculos dele, a iniciativa deve render R$ 7 bilhões com a venda do circuito

João Doria se reúne com Haddad para definir futuro do autódromo de Interlagos João Doria se reúne com Haddad para definir futuro do autódromo de Interlagos João Doria se reúne com Haddad para definir futuro do autódromo de Interlagos João Doria se reúne com Haddad para definir futuro do autódromo de Interlagos
Prefeito eleito de São Paulo, João Doria Foto: Agência Brasil

São Paulo – Em meio a indefinições sobre o futuro do GP do Brasil de Fórmula 1, o prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), mantém a intenção de privatizar Interlagos, de acordo com a sua assessoria. Doria deve apresentar os planos para o GP em reunião com o atual prefeito Fernando Haddad (PT), nesta quarta-feira, sobre a transição na prefeitura.

O futuro prefeito ainda não revelou detalhes sobre o intuito de privatizar o local. Pelos cálculos dele, a iniciativa deve render R$ 7 bilhões com a venda do circuito, mais a do Anhembi.

O prefeito recém-eleito era esperado no autódromo, no último domingo, mas não apareceu. Ele foi convidado pelo promotor da corrida, Tamas Rohonyi, que pretendia falar com Doria sobre o futuro do circuito, na presença também de Bernie Ecclestone, diretor executivo da Formula One Management (FOM), que organiza a Fórmula 1.

No domingo, Fernando Haddad afirmou que vai depender de João Doria a realização da terceira etapa da reforma em Interlagos, que deveria ter início após o GP. Pelo projeto inicial, a etapa contemplará a elevação do teto dos boxes, uma cobrança antiga das equipes, mais a construção de uma cobertura metálica, que tornará o GP brasileiro o único com paddock totalmente coberto do calendário da Fórmula 1.

Para Haddad, a terceira etapa vai transformar o autódromo em parque multiuso, capaz de receber eventos variados. Para o atual prefeito, a finalização da reforma é importante porque justifica o investimento público de R$ 160 milhões no local. “Se fosse para fazer esse investimento todo só pela Fórmula 1 não valeria a pena”, disse.

O investimento foi bancado pelo PAC do Turismo, do governo federal, com intervenções desde 2014. Presente na corrida de domingo, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, afirmou que pretende trabalhar com a nova gestão municipal para tentar manter o GP em São Paulo.

A organização da corrida conta com a última etapa da reforma para manter o GP atrativo comercialmente. Foi pela perda de apoio de empresas de peso, como Shell e Petrobras, que o evento deste ano deve ter prejuízo de US$ 30 milhões (R$ 103 milhões, na cotação desta segunda-feira). No ano passado, a estatal brasileira bancou R$ 16,5 milhões para a realização da etapa brasileira do Mundial. Como a despesa teve de ser coberta pela FOM, Ecclestone afirmou que o Brasil pode sair do calendário da Fórmula 1 em 2017.