Esportes

Judô do Brasil prepara transição de gerações nos Jogos Olímpicos do Rio

Tiago Camilo, Rafael Silva e Felipe Kitadai aproveitam a experiência de conquistas anteriores para ajudar na formação de Charles Chibana, Alex Pombo, Victor Penalber e Rafael Buzacarini

Judô do Brasil prepara transição de gerações nos Jogos Olímpicos do Rio Judô do Brasil prepara transição de gerações nos Jogos Olímpicos do Rio Judô do Brasil prepara transição de gerações nos Jogos Olímpicos do Rio Judô do Brasil prepara transição de gerações nos Jogos Olímpicos do Rio
O judô é a segunda modalidade brasileira mais premiada na história dos Jogos com 19 medalhas Foto: R7

São Paulo – O judô, uma das grandes esperanças de medalha nos Jogos Olímpicos, prepara uma troca simbólica de gerações no Rio. Os medalhistas Tiago Camilo, Rafael Silva e Felipe Kitadai aproveitam a experiência das conquistas anteriores para ajudar na formação dos novatos Charles Chibana, Alex Pombo, Victor Penalber e Rafael Buzacarini, estreantes na Olimpíada.

“Além dos treinos, a gente conversa bastante. É uma forma de passar nossa experiência”, diz Rafael Silva, o Baby, que busca subir ao pódio novamente depois da primeira medalha dos pesos pesados para o judô brasileiro com o bronze em Londres-2012.

Não se trata apenas de uma “passagem de bastão” dos mais velhos aos mais jovens – Tiago Camilo, dono de duas medalhas (prata em Sydney-2000 e bronze em Pequim-2008), vai encerrar a carreira no Mundial de Budapeste, no ano que vem. O que conta principalmente é compartilhar a experiência olímpica. Kitadai, por exemplo, tem apenas 26 anos, mas já ganhou bronze em Londres. Contar o que viveu nos Jogos é fundamental, dizem os judocas. “A Olimpíada é um torneio particular. Ainda mais no Brasil. Tentamos ajudar principalmente no lado psicológico”, diz Camilo.

Aos 34 anos, o judoca pode se tornar o primeiro a conquistar três pódios olímpicos em categorias diferentes. Ele foi prata em Sydney-2000 na categoria leve; em seguida, levou o bronze em Pequim-2008 nos meio-médios. No Rio-2016, vai lutar na categoria médio.

“Isso é o ciclo do esporte e da vida. Se hoje estou fazendo papel de exemplo, os judocas da nova geração vão fazer a mesma coisa no futuro”, diz Camilo, que vai disputar sua quarta Olimpíada.

Chibana, um dos judocas mais técnicos da nova geração e com boas chances de medalha, afirma que uma geração sempre ajuda na formação da próxima. “Isso vem desde o Aurélio (Miguel, ouro em Seul-1988 e bronze em Atlanta-1996) e estamos colhendo os frutos”.

O judô é a segunda modalidade brasileira mais premiada na história dos Jogos com 19 medalhas – o vôlei é o campeão com 20. Rafael Silva afirma que a principal maneira de o judô continuar no topo é continuar transformando os campeões em treinadores.

Ele cita o exemplo de Rogério Sampaio, ouro em Barcelona-1992 e técnico do medalhista Leandro Guilheiro antes de assumir o comando da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem.