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Judô inicia busca por talentos para os Jogos Olímpicos de Tóquio

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São Paulo – A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) começa neste sábado, às 9h, o garimpo de talentos para o novo ciclo olímpico. Na primeira etapa da seletiva nacional para Tóquio-2020, em Osasco (SP), 133 atletas disputarão as 27 vagas disponíveis na seleção principal – 13 no masculino e 14 no feminino.

Os 27 classificados se juntarão os expoentes do judô brasileiro, como os medalhistas olímpicos Rafaela Silva (ouro na Rio-2016) Mayra Aguiar e Rafael “Baby” Silva (bronze), no treinamento de campo, de 22 a 28 de janeiro, que reunirá a equipe completa – formada por 42 atletas, sendo três de cada categoria – pela primeira vez no ano, em Pindamonhangaba (SP).

Depois disso, o formato de triagem para a composição da seleção sofrerá alterações. A entidade anunciou a criação de um ranking nacional sênior. Para integrar a equipe brasileira, todo atleta deve estar nessa lista. E a pontuação de quatro competições serão usadas como critério: Estadual (ou equivalente indicada pela Federação), Brasileiros Regionais, Troféu Brasil e Brasileiro Final.

“Os atletas terão de participar dos eventos nacionais para poderem pontuar no ranking, com isso, a gente garante que os mais jovens tenham oportunidade de competir com os atletas que são ícones do judô brasileiro. A gente pretende melhorar a competitividade, acelerar o processo de amadurecimento dos atletas mais jovens e dar oportunidade de renovação da seleção nacional”, explica Ney Wilson, gestor de Alto Rendimento da CBJ.

A entidade estabeleceu um cronograma considerando os calendários nacional e internacional das categorias sub-18, sub-21 e sênior para evitar conflito de datas. Segundo o dirigente, essa ponderação foi um desafio para a entidade. “Tiramos algumas competições internacionais sem que isso comprometesse o planejamento e a pontuação do ranking. Acredito que a participação dos atletas jovens deva ser bem grande”, projeta. A expectativa é de que essas mudanças estimulem uma renovação da seleção brasileira em torno de 40% para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.

Com um ouro e dois bronzes na Olimpíada do Rio, o judô do Brasil teve desempenho pior que em Londres-2012, quando levou uma medalha a mais, e a meta de melhorar em quantidade ou qualidade não foi alcançada. No masculino, o País foi ao pódio apenas com Rafael “Baby” e, sem ouro entre os homens, teve a pior participação desde Los Angeles-1984.

O objetivo a longo prazo é assegurar a evolução dos brasileiros após campanha insatisfatória na Rio-2016. “Devemos recolocar a nossa equipe masculina em um patamar de resultado melhor do que o obtido no ciclo que passou”, afirma Ney Wilson. O trabalho neste ano leva em consideração o Mundial de Budapeste, em agosto, mas também carrega a promessa de um pouco de ousadia. E o gestor esclarece: “Primeiro ano de um ciclo olímpico é a hora de experimentar e, a partir de 2018, definir coisas mais concretas para os Jogos”.